José Eduardo Franco dos Reis, um juiz aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que
De acordo com o Portal da Transparência do TJSP, em fevereiro deste ano o salário do magistrado chegou a R$ 143 mil, já com os descontos. O maior salário de José Eduardo foi em dezembro do ano passado, quando recebeu R$ 187 mil líquido.
A quantia é mais que o triplo do teto constitucional, de R$ 46,3 mil. A maior parte do rendimento do magistrado vem das chamadas “vantagens eventuais” e “gratificações”, penduricalhos que não entram no cálculo do teto.
José Eduardo atuava como Juiz de Direito de São Paulo desde 1995, quando passou no concurso. Porém, ele entrou usando documentos falsos, com o nome de Edward Wickfield, persona que havia inventado em 1980.
A farsa só foi descoberta em outubro do ano passado, após o juiz ir até um Poupatempo solicitar a segunda via da carteira de identidade no nome de Edward.
Após uma investigação da Delegacia de Polícia de Combate a Crimes de Fraude Documental e Biometria concluir que o juiz tinha uma dupla identidade, usando documentos com ambos os nomes, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) o denunciou por falsidade ideológica e uso de documento falso.
O MPSP pediu ainda para que a Justiça proíba José Eduardo de deixar a cidade de São Paulo, o intime a entregar o passaporte em 24 horas e peça às autoridades competentes o bloqueio do RG, CPF e CNH em nome de Edward Wickfield. As medidas seriam uma alternativa à prisão preventiva do denunciado.