Entregadores de aplicativo realizam nesta segunda (31) e terça-feira (1) uma paralisação nacional em ao menos 59 cidades espalhadas pelo Brasil. Segundo os organizadores, o ato acontece por melhores condições de trabalho em serviços de delivery dos principais aplicativos em operação no país, como iFood, Uber Flash e 99.
A greve nacional tem quatro pautas centrais: a definição de uma taxa mínima de R$ 10 por corrida; o aumento da remuneração por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50; a limitação da atuação das bicicletas a um raio máximo de três quilômetros; e o pagamento integral de cada um dos pedidos, nos casos em que diversas entregas são agrupadas em uma mesma rota.
Manifestações nas ruas também estão previstas para ocorrer nesta segunda-feira (31) em ao menos 19 capitais: Belo Horizonte, São Paulo, Maceió, Manaus, Belém, Salvador, Fortaleza, além de Goiânia, Distrito Federal, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Florianópolis, Curitiba, Porto Velho, Cuiabá e São Luís.
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A paralisação acontece depois do fracasso da regulamentação proposta pelo governo federal para entregadores e motoristas de aplicativo. Em maio de 2023, o Ministério do Trabalho e Emprego criou uma comissão especial com representantes de trabalhadores e porta-vozes de plataformas para costurar um acordo e apresentar um projeto de lei ao Congresso. Seis meses após o início das negociações, porém, não houve consenso e os debates foram encerrados.
Na capital paulista, os entregadores vão se reunir hoje às 10h na Praça Charles Miller, onde fica o estádio do Pacaembu, zona oeste, com destino à base do iFood, em Osasco, na região metropolitana. Está prevista uma parada, ao meio-dia, no vão do Masp, na Avenida Paulista, na região central da cidade.
Esse é o terceiro breque dos entregadores de aplicativo. A primeira paralisação aconteceu em 1 de julho de 2020, em meio à pandemia. Foram registradas grandes manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.