Justiça analisa 7º pedido de liberdade de motorista de Porsche que provocou morte há um ano

Fernando Sastre de Andrade Filho matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, na zona leste de São Paulo, em março de 2024

MP denunciou empresário por homicídio com dolo eventual

O motorista de um Porsche que matou um motorista de aplicativo em São Paulo tenta o sétimo recurso para deixar a cadeia. O julgamento do pedido do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho será julgado nesta quinta-feira (13) pelo Tribunal de Justiça de SP. Ele é réu pela morte de Ornaldo da Silva Viana e por ferimentos provocados em Marcus Vinícius Machado Rocha.

A defesa insiste que uma suposta falha mecânica no carro de luxo pode ter causado o acidente. O empresário é réu no processo no qual é acusado de homicídio qualificado por “perigo comum”, por ter colocado a vida de outras pessoas em risco, cometido na modalidade de “dolo eventual”, por ter assumido o risco de matar o motorista de aplicativo, e “lesão corporal gravíssima”, ao ferir seu amigo. O próprio Supremo Tribunal Federal já havia mantido a prisão do motorista do Porsche em decisão de janeiro deste ano.

A Justiça aguarda os julgamentos dos recursos pendentes da defesa de Fernando nas instâncias superiores para poder marcar a data do júri popular - Sastre já foi pronunciado, que é quando a justiça decide pelo júri.

O Ministério Público acusa Fernando Sastre de Andrade Filho de beber e provocar um acidente de trânsito a mais de 100 km/h na Avenida Salim Farah Maluf, na Zona Leste da capital. O limite para a via é de 50 km/h, mas laudo do Instituto de Criminalística indicou que o Porsche bateu na traseira do Renault Sandero de Ornaldo a 136 km/h.

A defesa do réu ainda sugere que, se a prisão for mantida, que seja convertida em domiciliar, para que ele fique detido em casa, ou que se apliquem medidas cautelares a fim de que ele possa voltar a trabalhar.

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Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.

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