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Adolescente ateia fogo em morador de rua e transmite ao vivo em rede social

O menino preparou dois coquetéis molotov e arremessou no homem, que dormia em uma calçada, no RJ; ele foi apreendido

A polícia do Rio investiga um tiroteio que matou uma criança e um policial penal na tarde desta quarta-feira (29), na Zona Oeste do Rio

Um adolescente de 17 anos foi apreendido nessa quinta-feira (20), no Rio de Janeiro, por atear fogo em um homem em situação de rua e transmitir as imagens ao vivo nas redes sociais. O caso aconteceu na Avenida Geremário Dantas, no bairro do Pechincha, na Zona Oeste, a cerca de 500 metros da casa do adolescente.

Segundo as imagens, ele prepara dois coquetéis molotov e arremessa os explosivos contra o homem, que dormia em uma calçada. A vítima teve queimaduras em quase todo corpo e está internada no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, com quadro de saúde estável.

O vídeo do ataque viralizou nas redes sociais e o adolescente foi apreendido pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), onde prestou depoimento. Segundo a polícia, as cenas de crueldade foram transmitidas ao vivo pelo aplicativo Discord, uma plataforma de comunicação muito popular entre os jovens, mas que também é usada para prática e disseminação de conteúdos criminosos.

As investigações apontaram que o ataque foi motivado por um desafio de que o adolescente participou e que ele teria recebido cerca de R$ 2 mil para a prática criminosa. Não há informações de quem teria oferecido esse dinheiro. Ainda segundo a polícia, o adolescente apreendido participa de comunidades ligadas a crimes de ódio, algumas delas de cunho neonazista. Um de seus codinomes é “eu odeio favela”.

Na casa dele, os agentes apreenderam materiais usados no ataque como toucas, luvas, e uma faca. No celular do jovem, os agentes também encontraram imagens pornográficas envolvendo menores de idade.

A polícia agora tenta identificar quem gravou as imagens e as pessoas que assistiram à transmissão. O adolescente vai responder por fato análogo a tentativa de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe e meio cruel, sem dar chance de defesa à vítima e ainda por armazenamento de imagens de abuso sexual infantil.

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Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.