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‘Só pensava na morte': trabalhador de fábrica de fantasias no RJ relata como escapou do incêndio

Carlos Cordeio de Souza, de 36 anos, disse que ele e outros quatro amigos se salvaram após descer por um buraco do segundo para o primeiro andar; diversas pessoas ficaram em estado grave

‘Só pensava na morte': trabalhador de fábrica de fantasias no RJ relata como escapou do incêndio.

Uma das vítimas do incêndio na fábrica de fantasias de carnaval no Rio de Janeiro conversou com a Itatiaia durante a manhã desta quarta-feira (12) e contou como percebeu a situação e como conseguiu se salvar após descer por um buraco do segundo para o primeiro andar. Conforme os funcionários, muitos deles dormem na fábrica de segunda a sexta-feira, e que durante a manhã de hoje, ao acordar, ele escutou o estouro do vidro e uma voz gritando 'é fogo’.

O trabalhador revelou, também, que ele e outros quatro amigos se salvaram após passarem por um buraco do segundo andar para o primeiro. Pelo menos 21 pessoas se feriram, 10 delas em estado grave. Cerca de quatro pessoas foram salvas do fogo ao se refugiarem na parte externa de uma das janelas nos fundos da fábrica.

Fábrica de fantasias de carnaval atingida por incêndio no RJ está inapta, aponta Receita Federal.

De acordo com um registro da Receita Federal, a Maximus Ramo Confecções de Vestuário, sendo a fábrica atingida pelo incêndio está inapta a funcionar. Conforme o documento, o local se encontra nessa situação desde outubro de 2023 por motivo de omissão de declarações.

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Ainda de acordo com a vítima, ele começou a trabalhar no local há cerca de um mês e as pessoas mais atingas sabiam dessa passagem para o primeiro andar. Carlos disse que seu trabalho era diretamente com as roupas de carnaval da escola de samba de Bangu, além da Império Serrano que perdeu todo sua produção de fantasias para o carnaval de 2025 por estar dentro da fábrica atingida.

Sensação de desespero e de morte

Em entrevista a Itatiaia, o funcionário confirmou que havia mais de 30 pessoas dentro do local e muitos estavam dormindo na hora do incêndio. Segundo ele, no momento em que perceberam a situação, o único pensamento foi de desespero.

“Eu entrei em desespero e o que veio na cabeça foi a morte, né? Como eu vou sair daqui? Mas aí o pessoal, que era mais antigo, já sabia já dessa saída entre aspas e aí conseguimos nos salvar. Mas na hora foi desesperador, os gritos, as explosões, foi um susto”, finalizou ele.

Veja vídeos de incêndio em fábrica de fantasias do Carnaval no RJ | CNN Brasil


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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.