Deise Moura dos Anjos, a principal suspeita de matar três pessoas envenenadas com um bolo em Torres, no Rio Grande do Sul, comprou arsênio quatro vezes em um período de quatro meses, segundo a Polícia Civil. A substância foi a responsável pelo envenenamento.
A suspeita, inclusive, tinha uma nota fiscal salva no celular relativa à compra do arsênio. Ela havia comprado a substância uma vez antes da morte do sogro, ocorrida em setembro, e as outras três antes da morte de três pessoas da mesma família em dezembro. A informação é da Globo.
Há indícios que Deise tenha praticado outros envenenamentos, e outras exumações ainda podem ser realizadas. Segundo a RBS TV, filiada da Globo, a morte do pai de Deise, supostamente por cirrose, em 2020, pode ser investigada novamente.
A defesa de Deise afirmou que as declarações ainda não foram judicializadas e que “aguarda a integralidade dos documentos e provas para análise e manifestação”.
Zeli dos Anjos era o principal alvo de Deise. Ela estava presente na ocorrência de 2 de setembro, quando fez o café com leite em pó envenenado, causando a morte do sogro de Deise. Ela também comeu do bolo que havia feito e continua internada.
Deise foi quem levou o leite em pó envenenado para a casa dos sogros. Ainda não se sabe, no entanto, como ela colocou a substância na farinha, que estava na despesa de Zeli e foi usada no bolo.
Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, Tatiana Denize Silva dos Anos, de 47, e Maida Berenice Flores da Silva, de 59, morreram instantes após comerem o bolo, em 23 de dezembro do ano passado. Zeli teve alta na sexta-feira (10).
Deise já havia dito que desejava que Zeli morresse em uma das discussões que tiveram, segundo uma amiga de Tatiane, uma das vítimas. “Então, lá, ela [Tatiane] explicou tudo isso, contou algumas histórias, contou a história da mensagem que a Deise mandou para a Zeli, dizendo que ainda vai ver toda a família dentro de um caixão”, disse a testemunha.