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PF apura tentativa de fraude de R$ 300 milhões ao BNDES

Investigados fraudaram documentação para obter financiamento para aquisição de banco

A ação faz parte da Operação Wolfie, que tem o objetivo de apurar uma tentativa de fraude ao BNDES no total de R$ 300 milhões de reais

A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira (30), três mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão nas cidades de Campinas e Hortolândia, no interior de São Paulo. A ação faz parte da Operação Wolfie, que tem o objetivo de apurar uma tentativa de fraude ao BNDES no total de R$ 300 milhões de reais.

A investigação começou a partir de documentos apreendidos na Operação Concierge, deflagrada na última segunda-feira (28). Foi constatado que uma das fintechs investigadas havia protocolado um pedido de financiamento junto ao BNDES dias antes da deflagração da operação. O objetivo era a aquisição de um banco autorizado pelo BACEN.

O pedido foi instruído com documentos falsos fabricados pelo dono da fintech em conjunto com seu contador e um lobista, que seria o responsável por suposto lobby junto ao BNDES para aprovação. O pedido foi negado dias depois da deflagração da operação Concierge.

Os investigados responderão pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa, obtenção de financiamento mediante fraude e advocacia administrativa.

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Resposta do BNDES

Sobre os desdobramentos da Operação Concierge, deflagrada nesta quarta-feira (30), informamos que os mecanismos de controle e de governança do BNDES identificaram a tentativa de fraude. Com isso, a suposta fintech não foi habilitada e não houve nenhuma liberação de recursos.

O BNDES possui rigorosos e consolidados mecanismos de controle e compliance, que fazem com que a instituição tenha um índice de inadimplência muito menor do que todo o sistema financeiro.

Por fim, o BNDES parabeniza a Polícia Federal, que mais uma vez atua na defesa republicana do interesse público. O BNDES permanece à disposição da Polícia Federal, com que tem uma parceria estratégica, para colaborar com todas as informações que tiver disponíveis.”


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Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.