A obra será executada pela FG Empreendimentos, uma das maiores incorporadoras e construtoras do Brasil, em parceria com a empresa Marca Senna, criada pelo próprio Ayrton Senna, antes de falecer em 1994. O conceito artístico do edifício é assinado pela artista plástica e antropóloga Lalalli Senna, filha de Viviane Senna e sobrinha do piloto.
“O projeto é inspirado na trajetória de superação de Ayrton, simbolizando a “Jornada do Herói”, a superação dos limites e a busca pelo ideal. O objetivo é trazer uma mensagem positiva com a história dele, inspirando todos a buscarem sua melhor versão”, explicou Lalali.
O empreendimento será um supertall, categoria dos edifícios acima de 300 metros de altura, com áreas residenciais e privativas; áreas de entretenimento, lazer, gastronomia abertas ao público e espaço imersivo sobre Ayrton Senna. As fundações do empreendimento terão altura de um prédio de 13 andares; obra que começa em 2025 deve durar até dez anos e vai custar R$ 3 bilhões
A artista plástica e antropóloga Lalalli Senna, sobrinha do piloto, assina o conceito artístico da obra
Como será Senna Tower?
- Pavimentos: 154, sendo 14 técnicos e 6 para área de lazer e observatório.
- Pavimentos para garagens: 8. Dois deles vão ficar no subsolo e serão destinados ao estacionamento público-privado
- 2.283 pessoas devem morar no prédio, segundo estimativa do Estudo de Impacto de Vizinhança
- 8 elevadores
- de ultravelocidade, incluindo elevador para carro (moradores do 12º ao 20° pavimentos vão ter elevador privativo para carro)
- 2 andares de lazer público, com lojas, restaurantes, espaço de experiência Senna
- 500 metros é a altura do edifício em construção em Balneário Camboriú
Prédio terá pêndulos de mil toneladas para amenizar a força do vento
Uma das principais novidades do Senna Tower será um sistema inédito no país para amenizar a força dos ventos na estrutura. O modelo é composto por dois pêndulos de 1.000 toneladas cada um, localizados no 140º andar do prédio. A tecnologia é utilizada em apenas seis edifícios ao redor do mundo: na China; Taiwan, Estados Unidos no Vietnã, sendo dois nos EUA.
A técnica é conhecida como TMD (tuned mass damper, ou amortecedores de massa sintonizados) e essa será a primeira vez que ela será utilizada na América Latina, segundo a construtora FG. O mecanismo opera como um sistema de contrapeso que “oscila em oposição à frequência natural da estrutura, absorvendo e dissipando a energia que causaria oscilações prejudiciais”, disse a engenheira responsável pela obra e diretora-executiva da FG Talls, Stéphane Domeneghini. Ou seja, caso o vento sopre de um lado, o sistema vai oscilar em direção oposta.
Os pêndulos garantem maior estabilidade à estrutura, conforto para os moradores do edifício e previne danos estruturais ao longo do tempo. A ideia é permitir visitação do público ao sistema, da mesma maneira que ocorre no edifício Taipei 101, em Taiwan, que tem 508 metros de altura.