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Quatorze pessoas são presas após assassinato de prefeito no RN: “Evitamos derramamento de sangue”

O prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira (União Brasil), e o pai foram mortos a tiros na terça-feira (27); ainda não se sabe se o crime teve motivações políticas

Prefeito da cidade de João Dias e pai foram mortos a tiros na terça-feira (27)

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte continua investigando a morte do prefeito de João Dias, cidade no interior do Rio Grande do Norte, assassinato a tiros na terça-feira (27). Marcelo Oliveira (União Brasil) estava concorrendo a reeleição na cidade. O pai dele, Sandi Oliveira, também morreu na emboscada.

Até esta quinta-feira (29), a PC confirmou a prisão de 14 pessoas: quatro envolvidas diretamente com o assassinato do prefeito, e 10 suspeitas de planejarem uma vingança pela morte do político. Ainda não se sabe se o crime teve motivação política.

“Evitamos um derramamento de sangue na cidade. O grupo (de 10 pessoas), muito provavelmente, tentaria se vingar da morte do prefeito”, afirmou o delegado Alex Wagner, diretor da Divisão de Polícia Civil do Oeste, responsável pela investigação, ao g1.

A cidade de João Dias fica a 353 quilômetros de Natal e tem pouco mais de 2 mil habitantes, segundo o Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE).

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Eleições serão mantidas na cidade

Em entrevista coletiva, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), o desembargador Cornélio Alves, descartou a possibilidade da eleição ser adiada na cidade. Ele ainda revelou que o juiz eleitoral da região solicitou reforço das forças de segurança federais para as eleições no município.

“Aconteceu um homicídio, a situação preocupa, e é preciso a gente dar segurança para o eleitor, para que no dia da eleição, ele vote livremente, não tenha medo de comparecer e votar”, afirmou. Segundo o desembargador, devido a violência em João Dias, uma das candidatas pediu auxílio da polícia para deixar a cidade.

Alves também explicou que, com a morte do prefeito Marcelo Oliveira, quem ficará a cargo do comando da prefeitura até dezembro deste ano será Jessé Oliveira, irmão de Marcelo e atual presidente da Câmara de Vereadores da cidade. Isso vai acontecer porque a vice-prefeita, Damária Jácome, está impedida judicialmente de executar a função.

“Na falta do prefeito, quem substitui é a vice, e depois o presidente da Câmara. Isso é o que sempre a Lei Orgânica do Município prevê. E acho que lá não é diferente. Me parece que a vice-prefeita está impedida por decisão judicial, então passaria para o presidente da Câmara”, explicou.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.