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Polícia Civil desconfia da ação de milícia e jogo do bicho no ‘golpe da garra fraca’ no RJ

O golpe tem o objetivo de dificultar que os clientes sejam bem sucedidos na máquina de bichos de pelúcia

A operação que investiga fraudes nas máquinas de bicho de pelúcia estão na segunda fase

A Polícia Civil do Rio de Janeiro suspeita que fraudes em máquinas de pegar bichinhos de pelúcia são operadas por milicianos ou contraventores do jogo do bicho. Em uma operação nesta quarta-feira (28), os agentes ouviram três funcionários de empresas alvos da investigação.

A operação Mãos Leves 2 encontrou indícios da ação criminosa da milícia e do jogo do bicho em um galpão em Inhaúma, na Zona Norte do Rio, onde estavam máquinas destinadas aos shoppings se Sulacap, Bangu, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Ilha do Governador.

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O galpão investigado funciona como sede da empresa Black Entertainment. No local, foram encontradas dezenas de máquinas e centenas de bichos de pelúcia pirateados. Segundo a polícia, a quadrilha pode responder por associação criminosa, contravenção de jogo de azar, crimes contra economia popular e contra o consumidor.

Como funciona a fraude nas máquinas de bichos de pelúcia

A fraude tem o objetivo de dificultar a retirada dos bichos de pelúcia. De acordo com os agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), os criminosos programam a máquina para o cliente só conseguir içar o brinquedo depois de determinadas tentativas. Os criminosos conseguem programar a máquina graças a uma corrente elétrica que a máquina libera e que permite gerar potência suficiente para a garra pegar o brinquedo. Ou seja, antes da tentativa programada, a garra fica enfraquecida e não consegue içar a pelúcia.

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Operação Mãos Leves

A operação realizada nesta quarta (28) é a segunda fase de uma investigação que começou em maio deste ano. Na primeira etapa, os agentes identificaram que as empresas Black Enterteinment e London Adventure utilizavam bonecos de pelúcia falsificados de personagens de marcas registradas em máquinas localizadas em shoppings da região metropolitana do Rio. Na ocasião, várias máquinas e pelúcias falsificadas foram apreendidas.

Agora, a Operação Mãos Leves 2 tem o objetivo de cumprir 19 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos integrantes da quadrilha, sendo 16 em cidades do Rio e Baixada Fluminense e 3 na cidade de Itapema, em Santa Catarina.

Os policiais buscam apreender, além das máquinas e de pelúcias falsificadas, celulares, computadores, notebooks, tablets e documentos, que serão examinados. As investigações também prosseguirão para apurar eventual prática de lavagem de dinheiro e demais crimes financeiros que possam ter sido praticados.

*Sob supervisão de Enzo Menezes


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Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.