O Arquivo Nacional divulgou áudios em que pilotos de avião afirmam ter visto objetos voadores não identificados (OVNIs), em 1986, no episódio conhecido como “Noite dos OVNIs”. Segundo o Ministério da Justiça, em 19 de maio daquele ano, 21 objetos foram identificados pelos radares do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta).
Nas gravações divulgadas, os pilotos comentam que viram luzes próximas a aeronave. Algumas ficavam paradas por segundos no mesmo lugar, outras apareciam e desapareciam, e umas mudavam de cor.
“Estou vendo eles [sic]. Po***, tem um passando baixo, cara! Tá bonito! Olha, meu irmão. Pô, rapaz, ‘tô’ arrepiado, meu irmão”, afirma um piloto em um dos áudios divulgados.
O piloto ainda disse que os OVNIs estavam mais altos mudavam de cor frequentemente. “Você tá pegando aí, controle? Eles estão baixos. É por isso que você perdeu. Tem dois altos aqui no alinhamento da pista e tem mais uns dois ou três embaixo agora”, disse o piloto para a torre de controle.
Durante a “Noite dos OVNIs”, a Força Aérea Brasileira (FAB) enviou cinco jatos para perseguir os objetos não identificados, mas nenhum teve sucesso na missão. De acordo com o Ministério da Justiça, um operador da torre de controle do aeroporto de São José dos Campos, no interior de São Paulo, “observou pontos luminosos que mudavam de cor”, principalmente em tons de vermelho.
A torre de controle perguntou ao piloto se ele também estava vendo as luzes, e ele confirmou que sim. Com a confirmação, o Cindacta I, de Brasília, formalizou a presença de OVNIs nos radares em Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro.
“Por causa da velocidade dos objetos, o Centro de Operações de Defesa Aérea (CODA) decidiu enviar os caças para persegui-los e interceptá-los. Porém, nenhum dos cinco caças conseguiu chegar perto dos OVNIs”, diz o ministério.
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Em um outro áudio da mesma noite, Brasília aciona um operador da torre de controle de São José dos Campos. O operador da capital federal pergunta ao colega de São Paulo se ele estava sozinho. O controlador da torre de São José responde: “Tô, tô sozinho. Mas tem mais gente vendo. Então, eu não tô doido, não”.
Outro piloto afirma que achou que as luzes eram de outra aeronave. Porém, as luzes ficaram um bom tempo sem se mexerem depois desapareceram. Intrigado, ele acionou a torre de controle do Aeroporto de São Paulo, em Guarulhos, para saber se havia alguma aeronave nas proximidades.
“É o seguinte: eu vi aqui, em questão de uns dez minutos atrás, uma luz aqui no setor noroeste, parecida com um farol de avião. Eu peguei o binóculo e olhei, olhei, olhei e não vi luz de navegação. Perguntei a São Paulo e não tinha nada. O cara falou: ‘olha, eu aumentei a varredura aqui e não peguei nada’. O troço ficou um tempão parado na mesma posição. Olhei as estrelas em volta para ver se era uma estrela ou um planeta, mas não é posição usual para estrela ou planeta. Ficou um tempão e sumiu. Agora São Paulo liga para mim e diz: ‘tu tem [sic] alguma coisa aí no teu tráfego a 20 milhas, no teu setor echo [setor leste]?’ Eu falei: ‘Não, não tenho nada’. Tá ficando bom esse negócio”, conta o piloto, rindo.
Segundo os registros disponibilizados pelo Arquivo Nacional, ao menos 30 pilotos reportaram o avistamento de OVNIs em 2023. A
*Com informações de CNN Brasil