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J. Borges, xilogravurista e poeta pernambucano, morre aos 88 anos

Artista ilustrou obras de José Saramago e Eduardo Galeano; trabalho de Borges foi reconhecido como Patrimônio Vivo Imaterial de Pernambuco

J. Borges morreu em casa, na manhã desta sexta-feira (26)

J.Borges, xilogravurista, poeta e cordelista pernambucano, morreu aos 88 anos, na manhã desta sexta-feira (26), em sua cidade natal, Bezerros, no Agreste de Pernambuco, município a cerca de 180 quilômetros do Recife.

O artista estava há duas semanas internado por problemas no pulmão e coração. Ele chegou a receber alta, mas morreu em casa. O velório do xilogravurista começou às 13h no Centro de Artesanato de Bezerros. O enterro acontece às 15h deste sábado (27), no Cemitério Parques dos Eucaliptos, também na cidade.

Conhecido como um mestre da arte popular brasileira, o artista ilustrou obras de escritores renomados como José Saramago e Eduardo Galeano. O trabalho de Borges recebeu o título de Patrimônio Vivo Imaterial de Pernambuco e a Ordem do Mérito Cultural do Brasil em 1999, como um reconhecimento da sua contribuição às artes e à cultura brasileira.

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A trajetória artística de Borges começou na carpintaria e alvenaria, mas ele se encontrou na literatura de cordel, contribuindo significativamente para a valorização e preservação da cultura popular brasileira.

Em nota, o Ministério da Cultura afirmou que desde a primeira xilogravura do artista, a imagem de uma igrejinha, “Borges encantou o Brasil com sua habilidade única de capturar a essência cultural do Nordeste em suas obras”.

“O Ministério da Cultura se solidariza à família, amigos e todos aqueles que tiveram o prazer de conhecer e ser tocados por sua obra. J. Borges perdurará nas gerações futuras, perpetuando a rica tradição cultural do nosso país”, disse a pasta.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.