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Risco de contaminação: pesquisa revela quais são os aparelhos mais sujos das academias

Estudo da UFJF analisou os equipamentos de duas academias de Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira; cientistas concluíram que o nível de higienização das academias é inadequado

Halteres estão entre os equipamentos mais sujos das academias

Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na Zona da Mata Mineira, analisaram quais são os equipamentos mais sujos encontrados em academias. O estudo analisou as sujeiras visíveis e invisíveis, considerando as bactérias e microrganismos presentes nos objetos. O objetivo era identificar quais são os riscos de um aluno ser contaminado por alguma doença ao frequentar uma academia.

O artigo “Academias de ginástica, quão seguros estão esses ambientes?” foi publicado na revista científica “Journal of Human Environment and Health Promotion”. O professor da Faculdade de Enfermagem da UFJF, André Luiz Alvim, em parceria com as alunas do oitavo período do curso, Bianca Ananias e Daniela Batista, analisaram os aparelhos de duas academias de Juiz de Fora: uma pública e uma privada.

No total, o estudo contou com 120 avaliações, sendo 48 inspeções visuais, 48 testes de proteína (sujeira) e 28 testes pelo método de fluorescência. Os equipamentos que passaram por inspeção do grupo foram aqueles com alta rotatividade de uso e toque.

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Quais os aparelhos mais sujos?

Entre os itens que mais sujos, destacaram-se a barra de agachamento, o halter de 8 kg, o hack e o leg press. Ainda de acordo com a pesquisa, as sujeiras visíveis foram encontradas em 95,8% da academia pública e em 33,3% da academia privada.

Além disso, só foi possível detectar um dispenser com álcool 70% nas academias analisadas, e não havia toalhas para higienização. A partir dos dados coletados, os pesquisadores consideraram o nível de higienização das academias inadequado. Eles ainda afirmam que a limpeza dos ambientes deve ser aprimorada para reduzir os riscos de contaminação entre os usuários.

“A academia precisa ter uma frequência para fazer a limpeza e a desinfecção das superfícies, incluindo chão, parede, banheiro e, principalmente, os aparelhos de malhar. O volume de pessoas que frequentam o local é muito alto e, por isso mesmo, é importante esta periodicidade. A academia precisa também fornecer insumos necessários para a higienização pelos usuários”, explica a estudante Daniela Batista.

Como prevenir infecções?

De acordo com o professor André Alvim, para prevenir e evitar o contágio entre os usuários, as academias devem fornecer insumos para higienização das mãos (como álcool 70%), água, sabão e papel toalha.

Além disso, o docente ressalta a importância de cada usuário levar a sua própria toalha para colocar sobre a superfície onde vai encostar, a fim de reduzir os riscos de transmissão.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.