O grupo miliciano de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, é alvo de uma operação da Polícia Civil, nesta quarta-feira (12), que investiga lavagem de dinheiro da quadrilha.
Batizada de “Magnum”, a operação da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) tenta cumprir 56 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e empresas envolvidas no esquema.
Além do Rio de Janeiro, os agentes também cumprem os mandados nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Espírito Santo.
Na capital fluminense, os policiais estão nas ruas de Santa Cruz e Campo Grande, na Zona Oeste, em Seropédica, na Baixada Fluminense, e em Petrópolis, na Região Serrana.
Segundo a polícia, o grupo movimentou cerca de R$ 30 milhões de 2021 a 2024. A investigação, que teve o apoio do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), identificou que um dos alvos do grupo miliciano, Marcelo Morais dos Santos, o Grande, utilizou empresas do setor de transporte pra ocultar a origem dos recursos oriundos de atividades criminosas da milícia, como grilagem de terras, loteamento irregular de terrenos e extorsões.
Ainda segundo a polícia, Grande estava inicialmente vinculado às finanças e à prática de lavagem de dinheiro para o miliciano Danilo Dias Lima, o “Tandera”, mas teria se aliado à milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o “Zinho”. Essa transição ocorreu em 2022, período em que “Tandera” sofreu consideráveis baixas em sua organização criminosa, resultando em seu enfraquecimento e quase extinção.
No entanto, em setembro de 2023, parentes registraram o desaparecimento de Grande e a suspeita é que o empresário tenha sido assassinado.
Zinho, que era o miliciano mais procurado do Rio, foi preso na véspera do natal passado após se entregar à Polícia Federal.