O curso que Natália Becker fez para aprender a fazer o procedimento de ‘peeling de fenol’ foi retirado do ar. Ela realizou o curso ‘Aula de Peeling de Fenol Atenuado’ em dezembro do ano passado. Na última semana, um empresário morreu após fazer o procedimento.
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Natália realizava cerca de duas aplicações do procedimento por semana, em média, segundo a advogada Tatiana Forte. Ela não pedia exames pré-operatórios por ser um
O curso era descrito como “uma solução completa para quem deseja realizar o tratamento com segurança e eficácia”. Para os que realizam as aulas, é concedido um certificado digital de conclusão.
Daniele Stuart oferece pelo menos outros quatro cursos na Hotmart, com aulas sobre bioestimuladores de colágeno, endolaser e toxina butolínica.
Relembre o caso
Natália Becker prestou depoimento à polícia dois dias depois do caso, na última quarta (5). Ela foi indiciada por
O marido dela, que também é sócio da clínica, disse à polícia que o peeling de fenol é um procedimento simples e que não exige exames prévios. O preparo, segundo ele, acontece no dia, com a limpeza do rosto e aplicação de anestésico antes do fenol. Por ser ácida, a substância provoca descamação da pele.
“A polícia entende, neste momento, que foi cometido o crime de homicídio doloso, não pelo fato de a autora ter tido vontade do resultado, mas por ter aceitado o risco de ter produzido a morte”, disse o delegado Eduardo Luiz Ferreira. A defesa de Natália diz que aguarda o laudo dos exames que determinarão a causa da morte do empresário.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta que o peeling de fenol em áreas extensas da face é um procedimento estético invasivo, considerado agressivo. Segundo a entidade, ele deve ser realizado por médicos dermatologistas habilitados, em ambiente hospitalar e com o paciente anestesiado, além de contar com monitoramento cardíaco. Isso porque há um risco de toxicidade e possíveis arritmias causadas pela dor intensa provocada pelo método.
*Com CNN Brasil e Estadão Conteúdo
