Observatório Nacional esclarece o que é e os riscos da Anomalia Magnética do Atlântico Sul

Relatório do governo dos Estados Unidos atualizou movimentação do campo magnético terrestre

Após um relatório do governo dos EUA informar que Anomalia Magnética do Atlêntico Sul (AMAS) está crescendo, o Observatório Nacional do Brasil publicou uma nota esclarecendo o que significa os dados divulgados pelos americanos. Apesar do nome que indica uma irregularidade no campo magnético terrestre, a AMAS é uma região onde a intensidade desse campo é mais fraca e parte dela é localizada no sul e sudeste brasileiro.

Anomalia do campo magnético da Terra afeta voos para o Brasil?

Conforme o Observatório Nacional, o termo anomalia é usado apenas para caracterizar as diferenças em intensidade e orientação do campo magnético terrestre quando comparado com outras regiões da terra. “A anomalia está se alterando e movendo para o oeste de forma lenta e gradual. Esse processo é contínuo e não afeta significativamente a vida das pessoas na Terra”, explica André Wiermann, tecnologista Sênior do Observatório Nacional.

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Para que serve o campo geomagnético terrestre?

O campo geomagnético serve como um escudo protetor contra radiações cósmicas e o vento solar que atingem a terra - fenômenos que podem causar mutações genéticas. Conforme o observatório, o campo não é uniforme em todos os pontos terrestres e varia com o tempo.

Além disso, ele é responsável por guiar bússolas e comportamentos migratórios de aves.

Qual o impacto do enfraquecimento do campo magnético em algumas regiões?

Os principais impactados pela menor intensidade do campo magnético terrestre são os satélites que podem ser danificado ao passarem pela AMAS. “Quando os satélites passam pela região da AMAS eles podem entrar em stand-by (modo de espera) para que não sofram nenhum dano. É como um eletrodoméstico: se há uma oscilação no fornecimento de energia elétrica, o famoso ‘pico de luz’, recomenda-se que o aparelho seja desligado para que não queime. Quando a eletricidade é normalizada, ele volta a funcionar como antes. Da mesma forma, os satélites podem entrar em stand-by ao passar pela AMAS para que não sejam danificados”, esclarece Wiermann.


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Ana Luisa Sales é jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, já passou por empresas como ArcelorMittal e Record TV Minas. Atualmente, escreve para as editorias de cidades, saúde e entretenimento

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