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Justiça decreta prisão de dono de Porsche que matou motorista de app em SP

Mandado atende um pedido feito mais cedo pelo Ministério Público do Estado de São Paulo; motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, morreu no acidente

Fernando se apresentou junto com um advogado

A Justiça de São Paulo aceitou o pedido feito pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e decretou, na noite desta sexta-feira (3), a prisão do empresário e estudante Fernando Sastre de Andrade Filho, jovem de 24 anos que conduzia um Porsche de mais de R$ 1 milhão na madrugada de 31 de março e causou o acidente de matou um motorista de aplicativo de 52 anos na zona Leste de São Paulo. O passageiro do Porsche ficou ferido no acidente (relembre o caso no fim da matéria).

O novo pedido de prisão havia sido feito horas antes pela promotora Monique Ratton e o mandado de prisão foi assinado pelo desembargador João Augusto Garcia, que pediu urgência na prisão do estudante. ‘Concedo a liminar pleiteada para atribuir efeito ativo ao recurso em sentido estrito e, em consequência, decretar a prisão preventiva de Fernando Sastre Filho’, disse o magistrado na decisão, que manteve o pagamento de fiança de R$ 500 mil como ‘garantia’ de indenização à família do motorista, mas revogou as medidas cautelares contra o empresário, como suspensão da carteira de habilitação.

Elizeu Camargo, advogado de Fernando Sastre, disse ao G1 que pretende entrar com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) já nas próximas horas. O defensor não informou se o acusado pretende se entregar.

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O empresário e estudante Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, bateu um Porsche avaliado em R$ 1 milhão em um Renault Sandero na madrugada do dia 31 de março, em uma avenida de Tatuapé, na zona Leste de São Paulo. Segundo o boletim da ocorrência, o motorista da Porsche, identificado como Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, estava acima da velocidade máxima da via, que é de 50 km/h. Após o acidente, a mãe do motorista foi até o local e afirmou que levaria o filho a um hospital no Ibirapuera porque ele estava com um ferimento na boca. Os militares acabaram liberando Fernando e ele foi embora com a mãe. Porém, ao chegarem no hospital para colher a versão do motorista e fazer o teste do bafômetro, eles foram informados que o homem não havia dado entrada em nenhum hospital da rede.

O motorista de aplicativo que pilotava o Renault, Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, chegou a ser socorrido pelos bombeiros com um quadro de parada cardiorrespiratória, mas morreu logo depois de dar entrada em um hospital de Tatuapé. Ornaldo estava sozinho no momento do acidente.

A Polícia Militar tentou entrar em contato com o empresário que pilotava o Porsche pelo telefone, mas não obteve sucesso. Ele se apresentou em uma delegacia no dia seguinte ao acidente, acompanhado de um advogado, e foi liberado após prestar depoimento.


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Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.