A tempestade tropical Akará - sendo o estágio anterior ao de um furacão em ciclones tropicais - está atualmente na região Sul do Brasil. O fenômeno é considerado raro na costa brasileira, de acordo com a MetSul Meteorologia. Segundo a Marinha do Brasil, este é o terceiro registro da tempestade, outros dois aconteceram em 2004 e 2019.
Mas afinal, por que o Akará é tão especial e preocupante? 🌫️🌀
Isso porque a tempestade é um sistema de baixa pressão atmosférica que se formou em uma latitude, em um local na costa pouco comum. De acordo com a Climatempo, a tempestade segue se movimentando em direção ao Sul. A tendência é que se desloque para o litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, mas sem se aproximar do continente.
De acordo com a lista oficial de ciclones anômalos, como o primeiro nome da nova lista de ciclones, o fenômeno passa a ser denominado a partir de agora de tempestade tropical Akará, uma espécie de peixe na língua Tupi.
O sistema foi classificado pela Marinha como tempestade tropical no domingo (18), a partir da intensificação de um ciclone subtropical que atuava desde sexta-feira (16) em alto-mar.
Devido à distância significativa da costa – a aproximadamente 650 km –, não há previsão de condições de mau tempo na região litorânea. Em alto-mar, a atuação do Akará pode causar ventos de até 85 km/h e ondas de até cinco metros.
Mas existe o risco de virar um Furacão?
A resposta é: NÃO existe! 🌪️❌
A tempestade tropical é o último estágio de desenvolvimento de um sistema abaixo de um furacão. Ela pode chegar à categoria de furacão se os ventos passarem de 118km/h. No caso do Akará, não há expectativa de que ele se intensifique a ponto de se transformar em um furacão.
Imagem do satélite meteorológico GOES-16 da madrugada desta segunda-feira (19), da tempestade tropical Akará em alto-mar a Leste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina
Trajetória de Akará
Todos os modelos globais de previsão do tempo analisados pela MetSul Meteorologia indicam que a tempestade Akará seguirá avançando no sentido Sul, a Leste do Sul do Brasil, nesta primeira metade da semana. De acordo com as projeções computadorizadas, a tempestade atípica permaneceria todo o tempo em mar aberto e sem tocar terra
Com isso, um impacto que pode ser sentido na costa é agitação marítima com ondas mais altas, mas nada significativo. Mesmo o risco de uma ressaca maior não é alto, uma vez que, pelas características do sistema e a intensidade do vento em torno do seu centro de circulação, o swell não seria tão expressivo como nos comuns ciclones extratropicais de inverno.
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