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Justiça mantém prisão de Zinho, chefe de milícia no RJ

Zinho foi preso no último dia 24, véspera de Natal, após se entregar na sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio

Luiz Antônio da Silva, Braga, conhecido como Zinho

O miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, teve a prisão mantida após audiência de custódia realizada nessa terça-feira (26), no presídio de Benfica, Zona Norte da capital fluminense. Por medidas de segurança, Zinho, que está no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, participou da sessão por videoconferência. Ele ficou o tempo todo algemado e afirmou que não sofreu agressões no momento da sua prisão.

Na audiência o juiz Diego Santos destacou que Zinho deve ser mantido em Gericinó, em segurança máxima, pois “trata-se de criminoso de elevadíssima periculosidade”.

Zinho foi preso no último dia 24, véspera de Natal, após se entregar na sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio. A prisão foi negociada entre os advogados do miliciano, a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública. Após ser preso, Zinho passou por exame de corpo de delito, no IML, foi levado para o presídio de Benfica e em seguida transferido para um presídio no Complexo Penitenciário de Gericinó.

Um comboio com pelo menos 50 agentes de segurança foi mobilizado para fazer a transferência do criminoso.

Zinho segue numa unidade de segurança máxima do presídio de Bangu 1. Ele está isolado, em uma cela de 6 metros quadrados, e não tem direito a banho e sol, para não ter contato com outros detentos.

O criminoso tinha contra si 12 mandados de prisão e foi o responsável por ordenar os ataques aos ônibus ocorridos recentemente, na Zona Oeste do Rio. Cerca de 35 coletivos foram incendiados após a morte de um sobrinho dele. Zinho é apontado como chefe do maior grupo miliciano que age na Zona Oeste do Rio. A organização criminosa é responsável por homicídios, extorsões, lavagem de dinheiro entre outros crimes.

A prisão de Zinho foi comemorada pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, e pelo governador do estado, Cláudio Castro, que classificou o miliciano como o “inimigo número 1 do Rio”.

Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.