O policial militar suspeito de disparar o tiro que matou o torcedor são-paulino Rafael Garcia, de 32 anos, após a fina da Copa do Brasil, foi identificado pela Polícia Civil. A identidade do policial não foi revelada.
O caso aconteceu no entorno do estádio do Morumbi, na Zona Sul da capital paulista, em 24 de setembro, e está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou que a investigação está em andamento e que os laudos ainda estão em elaboração.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (10) pelo portal g1, que teve acesso ao relatório da polícia sobre a análise das imagens.
Rafael morreu por traumatismo craniano causado pelo disparo de uma arma com “bean bags”, um tipo de munição usada pela PM de São Paulo no lugar das balas de borracha. Conforme o relatório, Rafael aparece caído após a ação do policial suspeito.
O agente recarrega o equipamento na sequência, mostrando o recente uso da arma. As imagens mostram que os policiais foram atacados com objetos, assim como também registram um PM derrubando uma barraca e apontando a arma para uma pessoa próxima.
A vítima era deficiente auditivo e trabalhava como estoquista em um supermercado. No início do mês, advogados da família entraram na Justiça pedindo uma indenização no valor de R$ 1 milhão, a ser paga pelo Governo de São Paulo. O dinheiro seria para a mãe e o filho, que dependiam financeiramente de Rafael.
