Casal de ciclistas é atropelado na mesma avenida que Kayky Brito

Um casal de ciclistas foi atropelado, na manhã da última terça-feira (12), na avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A mesma onde o ator Kayky Brito foi atropelado em 2 de setembro. Considerada uma das mais perigosas da região, a avenida pode ter a velocidade máxima reduzida para evitar acidentes do tipo.

Segundo informações do jornal O Globo, Danielle Nóbrega e Klenilson Nóbrega, atletas de alto rendimento, foram atingidos por um carro na altura da Praia da Reserva. O acidente aconteceu por volta das 6h30 da manhã dessa terça (12). O motorista que atropelou o casal fugiu sem prestar socorro.

Klenilson sofreu apenas ferimentos leves, enquanto a esposa precisou ser levada para um hospital pelo Corpo de Bombeiros. Danielle teve fraturas na costela, na sétima vértebra da cervical e na escápula direta. Ela passou por uma cirurgia no dedo e precisará ficar sem treinar por três meses.

“Senti o impacto e meu corpo foi arremessado. Levantei e vi que eu tinha apenas ficado ralado. Vi que minha esposa estava caída com o corpo entrelaçado à bicicleta. Algumas pessoas pararam para nos ajudar e chamaram o Corpo de Bombeiros. Na hora, ela estava com dificuldade para respirar e sentindo muita dor. Ninguém anotou a placa, mas depois nos disseram que um motorista de um carro branco parou mais à frente para perguntar se estávamos bem”, contou Kenilson.

De acordo com o ciclista, o casal irá registrar boletim de ocorrência, assim que Danielle se recuperar.

Prefeito Eduardo Paes quer diminuir velocidade da via

O prefeito Eduardo Paes determinou que a CET Rio, companhia de engenharia de tráfego, apresentasse uma mudança no limite de velocidade da orla da cidade. De acordo com Raphael Pazos, fundador da Comissão de Segurança no Ciclismo do Rio de Janeiro, desde março a categoria pede para que a velocidade na avenida seja reduzida.

“Um estudo que sugere a redução da velocidade de 70km/h para 40km/h. O caso do Kayky Britto trouxe visibilidade para essa necessidade. Várias tragédias já aconteceram e vão continuar acontecendo caso nada seja feito”, afirmou.

Pazos ainda explica que no caso de atletas de alto rendimento, como o casal atropelado, eles não podem usar a ciclovia e precisam andar pela via, próximo à calçada. “Só pode usar a ciclovia quem pedala até 20km/h. Não é o nosso caso, então precisamos das pistas”, esclarece.