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Febre maculosa: SP tenta aprovação de fungo para eliminar carrapato-estrela

Neste ano, nove pessoas morreram no estado por causa da doença

Estudo avalia a eficácia de fungo como produto biológico para combater o carrapato-estrela

Um estudo que está sendo desenvolvido pelo Instituto Biológico (IB) de São Paulo avalia a eficácia de um fungo como produto biológico para combater o carrapato-estrela, um aracnídeo que transmite a bactéria causadora da febre maculosa. Neste ano, a doença matou nove pessoas no Estado.

A partir do estudo, o Governo de São Paulo informou que vai pleitear ao governo federal a extensão de uso do produto, já que outros à base desse mesmo fungo existem no mercado para a utilização em controle de insetos que danificam vegetais.

“A aprovação desse produto é fundamental para evitarmos que mais mortes aconteçam”, afirma Antonio Junqueira, secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento.

Segundo o pesquisador Paulo Sampaio, há uma emergência sanitária e, caso esse produto seja liberado para aplicação em grandes áreas, como pastos, campos e gramados das propriedades rurais, além de gramados e parques de áreas urbanas infestados com carrapatos, haverá um grande ganho social.

Esse fungo entomopatogênico é um produto natural seguro para o meio ambiente e também para o ser humano, explica o pesquisador.

Um produto biológico tem a vantagem de se manter no ambiente. Já os carrapaticidas disponíveis no mercado sofrem degradação sob as condições ambientais e são susceptíveis ao desenvolvimento de resistência genética pelo carrapato.

“Os carrapaticidas existentes no mercado não têm eficácia tão alta quanto o fungo entomopatogênico Metarhizium Anisopliae, isolado IBCB 425. Com o tempo eles perdem a ação”, aponta Sampaio.

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