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Estudante do Pará encontra possível asteroide em programa da Nasa

Investigação vai confirmar se corpo celeste identificado é um asteroide

O estudante Luís Felipe Gurjão Bahia, de 15 anos, é o responsável por encontrar o corpo celeste

Estudantes da Escola Estadual Honorato Filgueiras, na Ilha de Mosqueiros, distrito de Belém (PA), encontraram o que pode ser um novo asteroide. A instituição participa do programa Caça Asteroides, desenvolvido pelo Ministério da Ciência, Tecnologias e Inovação (MCTI), em parceria com a Nasa, agência espacial norte-americana.

A iniciativa reúne mais de 3 mil estudantes dedicados a encontrar asteroides. No Pará, o adolescente Luís Felipe Gurjão Bahia, de 15 anos, é o responsável por encontrar o corpo celeste. O possível asteroide foi batizado de LUI0005, em homenagem ao estudante.

Agora, uma investigação da IASC (Colaboração Internacional de Pesquisa Astronômica), que pode durar até seis anos, vai comprovar se o corpo celeste encontrado é de fato um asteroide. De acordo com Josina Nascimento, do Observatório Nacional, se confirmado, o asteroide é batizado com o nome de quem o detectou.

Paixão pela astronomia

O grupo da escola de Belém é formado por seis estudantes do primeiro ano do ensino médio, com idades entre 14 e 16 anos. A paixão pela astronomia fez com que o professor de química Hélio Paixão inscrevesse os estudantes no programa.

Mas, ao contrário dos colegas que dizem ter afinidade com o assunto, Luís Felipe conta ter entrado no programa a convite de um amigo. “Eu nunca tive muito interesse pela astronomia, entrei por curiosidade, mas fiquei muito feliz porque é um programa que tem gente do mundo todo e eu consegui encontrar um asteroide, foi muito gratificante. Isso me fez ver que a astronomia não é só ver as estrelas e constelações, mas descobrir coisas desconhecidas”, disse em entrevista à Folha de São Paulo.

A descoberta

O estudante conta que trabalhava sozinho quando detectou o possível asteroide. “Estava analisando os pacotes e identifiquei que havia um corpo celeste que aparecia em um movimento constante. Chamei meus amigos para analisar comigo e todos concordaram que parecia um asteroide. No momento eu não levei tão a sério, mas depois veio a notícia que a Nasa estava analisando o achado e caiu a ficha”, revelou.

A descoberta foi possível graças a um software da Nasa que permite que os alunos analisem mais de mil fotos do céu, captadas por um telescópio no Havaí, nos Estados Unidos. Pela movimentação dos corpos celestes, Luís identificou um que não estava listado pela Nasa.

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