O incêndio que causou a morte do dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso, de 86 anos, teve o aquecedor de ar no quarto dele como causa provável, de acordo com o laudo do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo. O incêndio aconteceu na terça-feira (4), em um apartamento na Zona Sul da capital paulista. Veja, mais abaixo, fotos do apartamento.
Em nota, a Secretaria de Segurança Púbica de São Paulo (SSP-SP) informou que as causas do incêndio estão sendo investigadas por meio de um inquérito pelo 36º Distrito Policial, que fica na Vila Mariana. Funcionários do edifício e outras testemunhas estão sendo ouvidas.
“O laudo do Instituto de Criminalística apontou que o incêndio pode ter iniciado em virtude do contato entre um aquecedor e materiais de fácil combustão, presentes no cômodo”, explicou a SSP, que lamentou a morte do artista.
Ainda de acordo com a secretaria, será feito um exame de necropsia no corpo de Zé Celso para ajudar no esclarecimento do caso. O dramaturgo morava ao lado do apartamento do marido, Marcelo Drummond. Outros dois amigos viviam com eles. Os três foram socorridos e estão bem de saúde.
Zé Celso nasceu em Araraquara, no interior de São Paulo, em 1937. Ele é um dos ícones das artes cênicas brasileira. Foi diretor, ator, encenador e dramaturgo. Ele também ficou conhecido por levar o modernismo e o tropicalismo para os palcos brasileiros.
Velório
O corpo do dramaturgo chegou ao Teatro Oficina, criado e comandado por Zé Celso desde o fim dos anos 1950, por volta das 23h da noite de quinta-feira (6) sob aplausos do público. Entre os presentes, diversos artistas passaram pelo local.
A cerimônia foi marcada por festejos, dança, música e apresentações teatrais. Centenas de pessoas passaram pelo local durante a madrugada. Pela manhã, durante uma hora o teatro, no bairro Bixiga, ficou fechado para familiares, mas depois foi reaberto.
O corpo de Zé Celso estava previsto para sair do local para o crematório por volta das 11h desta sexta-feira (7).