O Brasil ocupa a 60ª posição no Anuário de Competitividade Mundial 2023, elaborado pelo IMD Competitiveness Center em parceria com o Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral (FCD). Essa colocação deixa o país à frente apenas da África do Sul, Mongólia, Argentina e Venezuela.
O estudo compara 64 nações com base em dados estatísticos e pesquisa de opinião executiva realizada entre fevereiro e abril de 2023. O objetivo é avaliar a capacidade dos países em gerenciar fatores e competências que permitam alcançar um crescimento econômico de longo prazo.
Na 35ª edição desse anuário, observa-se uma predominância de economias europeias e asiáticas no topo do ranking. A Dinamarca mantém a liderança, seguida pela Irlanda, que subiu da décima primeira posição, e a Suíça caiu para o terceiro lugar. Os Estados Unidos, maior economia do mundo, avançaram uma posição, ocupando o nono lugar.
Destaca-se também a Indonésia, com o maior aumento no ranking, passando do 44º para o 34º lugar, e a Letônia, que registrou a maior queda, caindo do 35º para o 51º lugar.
América Latina
Os países latino-americanos encontram-se estagnados em baixas posições, enquanto o leste asiático, como Taiwan (6º) e Hong Kong (7º), vem apresentando uma forte ascensão nos últimos anos. A análise explora as divergências das estratégias adotadas e as condições políticas e econômicas mundiais. Além disso, o relatório destaca as lições que os países latino-americanos podem extrair das experiências asiáticas como as combinações de eventos políticos, sociais e econômicos, que causam um aumento no abismo entre as nações.
O relatório é dividido em quatro pilares fundamentais para as economias. No pilar de Desempenho Econômico, o Brasil apresentou uma melhora significativa, subindo da 48ª para a 41ª posição. Esse avanço se deve principalmente às perspectivas futuras de emprego, que passaram de -3,94% em 2022 para 0,63% em 2023.
No entanto, todos os outros pilares sofreram quedas, sendo a maior delas em Eficiência dos Negócios, caindo do 52º para o 61º lugar. Nos pilares de Infraestrutura e Eficiência do Governo, o Brasil perde competividade ficando na 55ª e 62ª colocação, respectivamente.
Por fim, entre os indicadores que estão incluídos no pilar Infraestrutura o país chega este ano à última posição no importante fator Educação, mesma posição ocupada pelo país no bloco de indicadores de Finanças Públicas