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Laboratório divulga novos lotes da vacina contra leishmaniose com desvios e solitica recolhimento

Ministério da Agricultura identificou “desvio de formalidade” em 44 lotes de imunizante desenvolvido pela UFMG;

Os lotes com desvios serão recolhidos

O laboratório Ceva Saúde Animal anunciou, neste sábado (27), outros 36 lotes da vacina leish-tec que apresentaram desvios de fabricação. Esse é o único imunizante contra a doença autorizado para uso no Brasil.

Segundo a fabricante, foram identificados “desvios” — erros de fabricação — nos lotes recolhidos. “Informamos que após análise interna das amostras de retenção, alinhados com as autoridades, encontramos os lotes abaixo com os mesmos desvios mencionados anteriormente (proteína A2 abaixo da especificação). Sendo assim, solicitamos seu recolhimento imediato”.

Os lotes são:

  • 024/22 030/22 035/22 041/22 048/22 053/22 058/22 005/23

  • 025/22 031/22 036/22 042/22 049/22 054/22 059/22

  • 026/22 032/22 038/22 045/22 050/22 055/22 001/23

  • 027/22 033/22 039/22 046/22 051/22 056/22 002/23

  • 028/22 034/22 040/22 047/22 052/22 057/22 003/23.

Além disso, anteriormente já havia sido solicitado o recolhimento dos lotes 029/22, 037/22, 043/22, 044/22, 060/22, 004/23.

Ministério da Agricultura determinou recolhimento do imunizante

O Ministério da Agricultura anunciou, na noite desta quarta-feira (24), a suspensão da fabricação e venda da Leish-Tec, única vacina contra a leishmaniose autorizada no Brasil para o combate à doença em animais de estimação. A fabricante já havia suspendido a comercialização na última terça-feira (23).

Conforme o Ministério, uma fiscalização constatou “desvio de formalidade do produto, que pode ocasionar falta de eficácia da vacina e gerar risco à saúde animal e à saúde humana”. Segundo a nota, os imunizantes apresentaram “teor de proteína A2 inferior ao limite mínimo”.

Foi determinado o recolhimento de oito lotes (029/22; 037/22; 043/22; 044/22; 060/22; 004/23; 006/23; 017/23), que já começaram a ser apreendidos pela fabricante. As investigações seguem sendo realizadas pelo Ministério da Agricultura, que pode tomar outras ações em relação ao caso.

Com informações dos repórteres Larissa Ricci, Luis Otávio Peçanha e Célio Ribeiro