Entidade filantrópica brasileira, o Movimento Bem Maior (MBM) lançará um apoio para seis projetos ligados à educação e ao empreendedorismo para famílias de baixa renda em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em um primeiro momento, a parceria garantirá apoio para cinco projetos dedicados à educação a partir de diferentes facetas – como capacitação de professores para educação inclusiva, incentivo tecnológico e melhoria da educação básica. Lideranças à frente da parceria acreditam que mais de 3,8 milhões de estudantes brasileiros das redes municipal e estadual serão beneficiados, como detalha Bruno Aranha, diretor de Crédito Produtivo do BNDES.
“Essa parceria é muito importante porque combina capacidades. Neste caso, o BNDES tem uma capacidade muito grande de atração de projetos socioambientais e de análise destes projetos. No caso do MBM, a capacidade de prospecção de recursos financeiros para apoiar projetos. O que nós estamos propondo é uma conjunção de esforços”, pontua.
“O que o MBM coloca para R$ 1 para cada projeto apoiado, o BNDES coloca mais R$ 1, gerando uma alavancagem financeira de apoio dos projetos”, concluiu o diretor em entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (14).
Capacitação de famílias de baixa renda
Para além dos cinco projetos dedicados à educação, a parceria também apoiará um projeto focado na capacitação de 30 mil empreendedores de baixa renda para gestão. Eles terão acesso a um curso completo e a uma mentoria criada com apoio da Fundação Dom Cabral. As inscrições, aliás, já estão abertas por meio da plataforma
Segundo detalha Carola Matarazzo, diretora executiva do Movimento Bem Maior, o objetivo é garantir que pessoas de baixa renda, especialmente mulheres, pretos, pardos e jovens, tenham ferramentas para garantir meios de subsistência a partir do empreendedorismo.
“Nós precisamos ter uma grande mudança no Brasil para diminuir a desigualdade social em que nós vivemos. A gente tem que ter um olhar para o que está invisível no país, e que são, sem dúvida nenhuma, as questões raciais e de gênero que levam a desigualdades econômicas gigantescas”, disse.
“Quando a gente se dispõe a olhar para os empreendedores sociais da base da pirâmide e capacitá-los e ajudá-los a encontrar modelos de negócio para trazer renda para dentro de casa, o impacto é gigantesco. Tanto na renda familiar quanto no reforço positivo. E assim a gente pode ter uma sociedade mais igual”, ponderou também em entrevista à CNN Brasil.