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Vigilante de clube onde petista foi executado no Paraná é encontrado morto

Claudinei seria o responsável por permitir acesso às câmeras que monitoram o clube onde o guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, foi assassinado

Jorge Guaranho invadiu festa de Marcelo Arruda e disparou contra petista

O vigilante Claudinei Coco Esquarcini, um dos diretores do clube onde o policial penal bolsonarista Jorge Guaranho matou o guarda municipal petista Marcelo Aloízio de Arruda, foi encontrado morto pela Polícia Civil do Paraná no domingo (17). Responsável pelo acesso às câmeras da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), em Foz do Iguaçu, Claudinei teria se jogado de um viaduto.

“A Polícia Civil do Paraná (PCPR) investiga o suícídio de Claudinei Coco Esquarcini, vigilante da Itaipu e diretor da Aresf, ocorrido neste domingo (17), em Medianeira (PR). Imagem de câmera de segurança mostra que ele estava sozinho quando se jogou de cima de um viaduto. Foi socorrido com vida, mas não resistiu e entrou em óbito”, diz a nota da secretaria.

Outro vigilante da Aresf, identificado como José Augusto Fabri, teria apontado Claudinei como o responsável por permitir acesso às câmeras que monitoram o clube onde o tesoureiro do PT foi morto. As informações são do Metrópoles.

Guaranho, acusado do assassinato, estava em um churrasco em outro clube quando recebeu imagens do aniversário da vítima, que tinha o Partido dos Trabalhadores como tema. O policial foi até o local da festa de 50 anos de Marcelo Arruda, onde gritou palavras de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), xingou o tesoureiro do PT e familiares que estavam presentes no local.

Após uma discussão, Guaranho deixou o local, voltando armado. Guraranhos atirou em Arruda, que também estava armado e revidou os disparos. O guarda municipal morreu ainda em 9 de julho e o policial penal segue internado em estado grave.

O agente penal bolsonarista foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por causar perigo comum, pela morte de Marcelo Arruda. A polícia determinou que não existem provas de que Guaranho quisesse cometer um “crime de ódio contra pessoas de outros partidos”.

*Sob supervisão de Enzo Menezes

Maria Clara Lacerda é jornalista formada pela PUC Minas e apaixonada por contar histórias. Na Rádio de Minas desde 2021, é repórter de entretenimento, com foco em cultura pop e gastronomia.