A integração da pecuária de corte com o plantio de teca (Tectona grandis) torna a criação de gado mais sustentável e expande a silvicultura. O tema foi um dos assuntos apresentados na AgriZone nesta terça-feira (18), durante a
A teca é uma madeira nobre, nativa da Ásia, com grande potencial de cultivo e retorno financeiro nas regiões mais quentes do Brasil. Por meio desse sistema, são cultivadas linhas da árvore em meio à pastagem. Enquanto as árvores crescem, a atividade pecuária é conduzida normalmente.
O gado só precisa sair da área de cultivo nos 10 a 18 meses, quando as árvores precisam ganhar diâmetro para o posterior convívio com os animais. Nesse período, o produtor pode aproveitar a área para agricultura ou colher o capim para silagem. Dessa forma, é possível obter renda durante os cerca de 20 anos necessários até se chegar ao ponto de corte.
Mercado lucrativo e sustentável
Na
Takizawa apresentou os planos da empresa para expandir a integração da teca com a pecuária em áreas inaptas para a agricultura nos estados do Mato Grosso, Pará e Pernambuco. “Atualmente, já estamos em contato com cem propriedades rurais que têm potencial de aderir ao nosso projeto de dar escala a esse sistema integrado”, afirmou.
De acordo com Takizawa, o Brasil se destaca no cenário internacional como maior exportador de teca. A adoção desses sistemas integrados abre caminho para um agronegócio mais produtivo, lucrativo e alinhado às demandas globais de sustentabilidade.
Na interação com o público da palestra, Takizawa respondeu que o projeto em andamento com a Embrapa também prevê mensurar a capacidade do Sistema Bacaeri – BoiTeca de capturar carbono no solo. Sobre os custos de implantação do sistema, o representante da TRC disse que pode variar de 1,5 mil a 3 mil reais por hectare, a depender das condições de solo da propriedade rural. Nesse ponto, Takizawa ressaltou que a integração também é uma forma do pecuarista financiar a recuperação da pastagem.