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Brasil tem quatro focos de gripe aviária em aves silvestres e de subsistência

Casos em São Paulo e Rio de Janeiro mobilizaram autoridades

O Brasil tem quatro focos de gripe aviária ativos, segundo a última atualização desta sexta-feira (25) do painel de monitoramento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Os casos foram confirmados no estado de São Paulo e Rio de Janeiro, sendo em aves silvestres e domésticas, de subsistência.

Veja os focos ativos da doença:

  • Galinhas (doméstica/ subsistência)- Monte Azul Paulista
  • Peru (silvestre) - Sorocaba
  • Irerê (silvestre) - São Paulo
  • Galinhas d’Angola e pavão (doméstica/exposição) - Rio de Janeiro

Segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA) o caso detectado em Monte Azul Paulista na quarta-feira (23) envolveu duas galinhas que viviam em uma propriedade particular. No entorno da propriedade existem seis estabelecimentos avícolas comerciais os quais já foram fiscalizados por equipes da Defesa Agropecuária e que constataram a ausência de sinais clínicos.

No entanto, a SAA afirma que não há risco à população e o consumo de carne de aves e ovos permanece seguro. Além disso, equipes já iniciaram ações de vigilância ativa em criações de subsistência em um raio de 10 km com o objetivo de encontrar possíveis sintomatologias compatíveis com IAAP.

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Sobre o caso no Rio de Janeiro, o Mapa informou que foram testadas galinhas-d’angola no recinto Savana Africana, no Bioparque. Na terça-feira (22) o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), referência na América do Sul para diagnóstico do vírus, confirmou tratar-se do subtipo H5N1.

O recinto, que é compartilhado com outras espécies, abrigava 16 galinhas-d’angola. A maioria dos animais morreu em decorrência da doença, restando apenas três. Um pavão também veio a óbito e outro apresentou sinais clínicos. Com a confirmação da gripe aviária, os animais foram eliminados como medida sanitária para conter a disseminação do vírus.

As visitações ao Bioparque foram temporariamente suspensas para avaliação de risco e retornaram as atividades parcialmente nesta quinta-feira (24).

“O recinto Savana Africana permanecerá interditado durante o período de vazio sanitário. Os órgãos de saúde pública, saúde animal e gestão ambiental atuam de forma integrada no controle e erradicação do foco”, informou o Mapa.

O país registrou apenas um caso de gripe aviária em granja comercial em Montenegro no Rio Grande do Sul e segue com o certificado de livre da doença desde pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) desde o fim do vazio sanitário em 18 de junho.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde