Apesar de aprimorar a produtividade das lavouras, a utilização de máquinas, equipamentos e agroquímicos em diferentes culturas contribuiu para o aumento do aparecimento de
De acordo com o pesquisador, ervas daninhas são plantas que podem causar danos ao homem, a outras espécies de plantas e até a animais. Chamadas popularmente de plantas invasoras, plantas daninhas, mato, erva má, entre outras denominações, apresentam enorme capacidade de adaptação, multiplicação, resiliência e conservação. Mesmo em ambientes e condições adversas, conseguem se desenvolver, causar impactos negativos e, consequentemente, prejuízos aos agricultores.
O uso intensivo de plantas cultivadas com mecanismos de resistência a herbicidas, as chamadas plantas transgênicas ou geneticamente modificadas, garante maior eficiência na produção e rentabilidade das lavouras. No entanto, Marinho afirma que essa tecnologia tem acarretado o surgimento de plantas daninhas resistentes a determinadas moléculas ou produtos, que perdem a eficácia, demandando novos produtos para o seu controle. Por isso, os técnicos, consultores, agricultores e casas agropecuárias que atuam no setor precisam estar atentos aos cultivos sob sua orientação ou supervisão.
Como evitar plantas resistentes?
Atualmente, existem diversas estratégias de prevenção que podem ser adotadas para evitar a ocorrência de plantas daninhas resistentes nas lavouras. Entre elas, destacam-se a rotação de cultivos; rodízio de produtos e/ou moléculas químicas; utilização de plantas de cobertura; plantio direto e o uso de culturas com mecanismos de resistência a herbicidas distintos, tanto em relação às plantas cultivadas quanto às ervas daninhas.
Em prospecções realizadas pela Embrapa em plantios, principalmente de milho e de soja no Acre, foi constatada a presença de algumas ervas daninhas. Muitas delas já reconhecidas como problemáticas em outras regiões produtoras dessas culturas. Entre as espécies identificadas, estão trapoeraba, capim-pé-de-galinha, leiteiro, caruru, guanxuma, buva, erva quente, capim-amargoso, capim-colchão e corda de viola.
O pesquisador reiterou que é importante ficar atento para o manejo adequado dessas plantas, a fim de evitar um problema que já existe em outras regiões do Brasil, causando prejuízo aos cultivos e, como consequência, aumenta os custos de produção e diminui a produtividade e rentabilidade.
Segundo Marinho, adotar postura proativa, fortalecer as ações de monitoramento, capacitação e orientação técnica no campo são ações fundamentais e estratégicas que podem contribuir com a sustentabilidade dos sistemas produtivos, evitar perdas futuras e preservar a eficácia das tecnologias hoje disponíveis.