O agronegócio do Rio Grande do Sul exportou US$ 3,1 bilhões no segundo trimestre de 2025, montante equivalente a 66,7% das vendas externas do Estado. Os dados integram a atualização trimestral produzida pelo governo estadual, por meio do Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).
Apesar da retração de 14,3% em comparação com o mesmo período de 2024, segmentos relevantes obtiveram avanço. As carnes aumentaram em 9,5% suas
Entre os destinos dos produtos exportados estão a China (23,6%), a União Europeia (16,5%), os Estados Unidos (7,2%), a Indonésia (4,2%) e Filipinas (3,8%), somando 55,2% das exportações.
A China registrou a maior queda absoluta (–40,8%), puxada sobretudo por soja em grão e, em menor medida, por recuos em carne suína, celulose e carne de frango. Já a Coreia do Sul (–55,2%) e o Irã (–59,6%) caíram principalmente por menor demanda por farelo de soja do Estado. Em sentido oposto, Indonésia e Filipinas tiveram as maiores altas absolutas: para a Indonésia, o avanço concentrou-se no farelo de soja; para as Filipinas, na carne suína.
Composição e saldos do 1º trimestre
De janeiro a junho de 2025, as exportações do agronegócio no Rio Grande do Sul somaram US$ 6,4 bilhões (68,4% do total estadual), enquanto as exportações totais cresceram 2,3%. A redução de 2% do agronegócio no semestre foi explicada por quedas no complexo soja (–21,9%) e em produtos florestais ( –14,2%). No complexo soja, pesaram negativamente a soja em grão ( –29,3%) e farelo ( –15,2%).
Em contrapartida, cresceram carnes (13%), fumo e seus produtos (6,5%) e cereais, farinhas e preparações (9,4%), com destaques para carnes suína e bovina, fumo não manufaturado e milho.
Os principais destinos no semestre foram China (21,6%), União Europeia (13,2%), Estados Unidos (6,7%), Vietnã (5,7%), Indonésia (4,6%) e Arábia Saudita (3,1%), que juntos responderam por 55,0% do total.
EUA: alta nas vendas apesar do tarifário
No primeiro semestre, as vendas do agronegócio gaúcho aos Estados Unidos somaram US$ 426,6 milhões, um crescimento de 8,8% em comparação com o ano anterior, sendo o maior valor nominal da série para o período, equivalente a 6,7% do total exportado pelo estado do setor.
Os principais grupos foram produtos florestais, fumo e seus produtos, carnes, couros e peleteria, máquinas e implementos agrícolas e gorduras/óleos de origem animal.
Entre abril e agosto de 2025, os EUA implementaram uma tarifa global mínima de 10% e uma sobretaxa adicional de 40% para o Brasil. Ou seja, uma alíquota efetiva de 50% quando não há exceção.
A celulose é o único conjunto de produtos do agronegócio gaúcho totalmente isento da sobretaxa. O Estado exporta 13,3% da celulose para o país, o que corresponde a cerca de 1% do valor total exportado pelo agronegócio para todos os destinos.
Dessa forma, cerca de 1% do valor exportado pelo agronegócio gaúcho não foi afetado pela sobretaxa, enquanto aproximadamente 5,7% estão sujeitos ao adicional de 40% estabelecido em agosto.
O avanço no semestre para os EUA é explicado pela