Os investimentos na compra de produtos da
Em 2019 foram R$ 80 milhões do
As compras da agricultura familiar no ano passado representaram 37% de tudo que é oferecido para a alimentação dos alunos mineiros. Além do investimento, Minas Gerais também superou a meta estabelecida pelo Pnae. A lei que regulamenta o programa estabelece que o mínimo 30% dos recursos repassados aos estados e municípios pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para a alimentação escolar, devem ser utilizados em produtos da agricultura familiar. O Governo de Minas segue o mesmo critério para a verba repassada pelo estado às escolas.
Um dos motivos do aumento da venda de produtos de pequenos produtores rurais para as escolas do ensino básico é a parceria entre a Emater-MG e a Secretaria de Estado de Educação (SEE), estabelecida desde 2021. Neste período, a empresa já orientou mais de 22 mil agricultores familiares interessados em comercializar seus produtos para cerca de 3,4 mil escolas públicas estaduais.
Regularização
Além da assistência técnica à produção no campo, o trabalho da Emater-MG envolve a organização e a regularização de empreendimentos de pequeno porte, para atender os requisitos das chamadas públicas de compra de alimentos pelas escolas.
“Até 2021, Minas Gerais nunca havia alcançado a meta de 30% de compras da agricultura familiar para a alimentação escolar. É mais um programa da Emater que serve de exemplo para todos os estados da Federação. É nítida a melhoria da qualidade da alimentação escolar”, afirma o diretor técnico da Emater-MG, Gelson Soares Lemes.
O produtor Genésio Pereira Miguel, do município de Aiuruoca, no Sul de Minas, estruturou um pequeno laticínio, que hoje fornece leite, queijos, manteiga e iogurtes para a alimentação escolar, por intermédio do Pnae.
“É muito bom vender para as escolas estaduais, por meio do Pnae, porque o preço pago é o valor do produto, o necessário. A organização delas é muito boa, de seis em seis meses eles fazem contrato com a gente, então não há desatualização de preços, eles pagam o que é justo para o momento”, avalia.
Para o diretor da Emater-MG, a vantagem do programa é beneficiar tanto os alunos quanto os pequenos produtores. “Os agricultores comercializam seus produtos de maneira estável e previsível. Isso é fruto do trabalho de assistência técnica e extensão rural”, diz.