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O vinho licoroso Lorena é feito com a uva híbrida vinífera desenvolvida pela Embrapa, e que tem o mesmo do vinho: Lorena.
O que é um vinho licoroso?
Segundo o sócio e enólogo da vinícola, Alexandre Damasceno, os vinhos licorosos, ou tipo Porto, tem como característica o alto potencial alcoólico (acima de 17%) e a preservação dos açúcares naturais da própria uva. "É, portanto, um vinho suave especial”, afirma.
Produção
O processo de produção segue os protocolos dos vinhos do Porto, famosa e consagrada região vitivinícola de Portugal. “A uva é deixada no parreiral até atingir o ponto mais extremo de maturação natural, chegando ao estado de desidratação de quase uma uva passas e a um teor de açúcar de 29 graus brix, algo em torno de 30% de concentração de açúcar no bago da uva”, explica Damasceno. Com a alta concentração, a uva fica mais doce.
“Com o mosto super doce inicia então a fermentação alcoólica, mas não a conclui, pois a fermentação é paralisada com o acréscimo de álcool de uva (chamada graspa) ou álcool de cereais”, explica o enólogo da Vale do Gongo.
Com isso, o vinho ganha mais potencial alcóolico e preserva o dulçor natural da própria fruta, resultando num vinho especial e pronto para harmonizar com as sobremesas típicas de Minas Gerais.
“No nosso processo, o vinho licoroso é envelhecido em tonéis de madeiras do cerrado do Norte de Minas, ganhando ainda mais tipicidade e personalidade regional. O nosso vinho licoroso Lorena tem potencial alcoólico de 20% vv, coloração âmbar, boa densidade, acidez marcante e taninos médios, resultado de uma maceração longa (período que o mosto fica em contato com as cascas e sementes da uva)”, explica.
O sócio da vinícola acrescenta que o Lorena é um excelente aperitivo que harmoniza muito bem com pudim, goiabada e doce de leite mineiro.
Lançamento
O vinho Lorena já conquistou sua primeira medalha antes mesmo do seu lançamento. Segundo Damasceno, a expectativa é lançar o vinho no Festival de Inverno de Grão Mogol, que ocorrerá no final de semana do dia 19 de julho.
Colecionando prêmios
No ano passado, 2024, o vinho Casa Velha Reserva, também da Vale do Gongo, foi premiado com uma medalha de Grande Ouro.
“As premiações em concursos tem muitos significados: um deles é o sentimento de estar no caminho certo, pois as medalhas vêm coroar um trabalho de muita dedicação e perseverança. Além disso, estamos também contribuindo para o redesenho do mapa da viticultura brasileira, incluindo o Norte de Minas Gerais, uma região até então inimaginável para a produção de vinhos, mas que agora já se consolida como uma região produtora de grandes vinhos do Brasil e num destino de enoturístico de qualidade, impulsionando o setores de hotelaria, gastronomia e outros”, conta o sócio.