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Como produzir adubo natural, simples e barato? Emater-MG publica nova cartilha

Proposta, ideal para agricultores familiares, consiste em utilizar recursos que já existem na propriedade rural

Composto orgânico melhora a fertilidade e a estrutura do solo

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) publicou uma nova cartilha sobre a produção de adubo natural, ideal para agricultores familiares.

Com o título “Dez Passos para a Produção de Composto Orgânico”, o material orienta sobre como transformar resíduos vegetais e animais em adubo natural de alta qualidade. A publicação, elaborada pelos técnicos Lucas Menezes Gomes e Fernando Costa da Silva, está disponível na Livraria Virtual da Emater-MG, para consulta gratuita, neste link.

A proposta é utilizar recursos que já existem na propriedade rural, como palha, cascas de frutas e legumes, esterco de curral e outros materiais.

Benefícios para o bolso e para o solo

O composto orgânico melhora a fertilidade e a estrutura do solo, fortalece o equilíbrio biológico e reduz a necessidade de fertilizantes químicos. Entre os dez passos abordados na cartilha estão: a escolha do local adequado, a separação e o preparo dos resíduos, a montagem das leiras (montes de compostagem), a irrigação correta, o acompanhamento da temperatura e o tempo necessário para a maturação do composto. O material também ensina como identificar se o composto está pronto para o uso e propõe formas de aplicação na propriedade, como em hortas, jardins e pomares.

“Por ser rico em matéria orgânica, ele melhora a aeração e a infiltração de água no solo. Ele também ajuda a manter a umidade, o que é bom principalmente para as regiões mais secas, diminuindo a necessidade de irrigação”, explica Lucas Gomes.

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Local e umidade

A escolha do local para a produção do composto é uma parte fundamental. Os técnicos da Emater-MG recomendam uma área com boa ventilação, acesso à água e iluminação solar. Além disso, é necessário uma separação criteriosa do material orgânico (esterco e palhada), descartando elementos como plásticos, metais e pedras.

A umidade é outro fator importante no processo de compostagem. As pilhas devem ser regadas à medida que as camadas são montadas, garantindo que todo o material fique úmido, mas sem encharcar. A manutenção da umidade é essencial para a atividade dos microrganismos decompositores, que atuam na transformação da matéria orgânica. Os técnicos também alertam para a importância de cobrir o monte de compostagem para proteger da chuva e evitar o excesso de umidade.

O composto orgânico pode ser misturado diretamente no solo, em caso de hortas e jardins. No caso de árvores frutíferas, pode ser utilizado no fundo da cova no momento do plantio ou ao redor do caule como adubação de cobertura.

“Outra vantagem do composto é a reciclagem de resíduos sólidos, como o esterco, restos de frutas e legumes. O uso desses materiais na compostagem acaba reduzindo a quantidade de lixo em uma propriedade”, afirma Lucas Gomes.

*Com informações de Marcelo Varella, da Emater-MG

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde