O cancelamento do leilão promovido pelo governo federal para importação de arroz não vai trazer impactos para o mercado brasileiro. Esta é a visão da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg).
O governo tinha decidido importar arroz para evitar qualquer risco de desabastecimento, após a tragédia por causa das chuvas no Rio Grande do Sul. Principal responsável pela produção do grão no país.
“A Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais não vê neste momento nenhum possível impacto com esse cancelamento do leilão. Temos arrocho suficiente para abastecer a nossa população”, garantiu Salvo, que classifica a decisão do governo como precipitada.
“Na nossa avaliação, o governo se precipitou ao propor o leilão para importar arroz. A verdade é que a colheita do arroz no Brasil não foi impactada significativamente pela tragédia que aconteceu no Sul. Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Fasul), mais de 80% do arroz já estava colhido e armazenado, quando as terríveis chuvas atingiram o estado. Ao invés de tentar trazer produto de fora, governo Federal deveria ter aproveitado essa oportunidade para para o produtor brasileiro, que abastece as mesas do nosso povo com os alimentos de qualidade que são produzidos por nós produtores rurais”, criticou.
Demissão
A empresa Wisley A. de Souza, a maior arrematante individual do agora cancelado leilão de arroz importado, divulgou nota em que diz lamentar e que estão surpresos com essa decisão. A empresa afirma que já tinha sido oficiada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para apresentar documentos complementares, demonstrando capacidade técnica, operacional e financeira, o que seria feito antes do prazo.
Segundo o governo Federal, as empresas participam do Leilão representadas por corretoras em bolsas de mercadorias e cereais. Assim, são conhecidas somente após o certame. Um novo edital vai ser publicado com mudanças nos mecanismos de transparência e segurança jurídica, mas ainda não há uma data para isso.
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