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Festival da Jabuticaba tem comida boa, atrações culturais e fruta no pé; veja fotos

Uma das novidades esse ano é o Cozinha Viva, espaço onde renomados chefs da cidade preparam pratos, utilizando derivados da jabuticaba. Se preferir, você pode alugar um pé da fruta e se deliciar com as ‘pretinhas’

Ruas já estão lotadas como essa aí onde foi montado o palco principal

Com o tema “Dos quintais sabarenses para o mundo”, começou ontem (17) e prossegue até amanhã (19), o Festival da Jabuticaba de Sabará - o maior do país. O secretário municipal de Cultura da cidade, André Alves, disse que a expectativa é repetir o mesmo público do último evento, anterior à pandemia da Covid 19, de 110 mil pessoas.

Centenas delas, oriundas, principalmente, de Belo Horizonte mas também de outras partes do estado e até do país, já lotam as quatro praças do centro histórico e as ruas que as interligam. Entre as atrações, estão barraquinhas com a fruta in natura, geleias, doces, sucos, licores, cachaças, bolos, molhos(para uso culinário) e todo tipo de iguarias. Também estão previstos shows, stands com bebidas e comidas que valorizam a jabuticaba como ingrediente, além de manifestações culturais e artísticas.

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Uma novidade esse ano, de acordo com o secretário de cultura, além do tradicional Prêmio Inovar que elege a “Melhor Geleia” e o “Melhor Licor” sempre oferecendo novas propostas de produtos aos visitantes e ao mercado, é o Cozinha Viva. No espaço, chefs da cidade vão desenvolver pratos utilizando derivados da Jabuticaba. “Nossa cidade tem uma relação histórica e muito íntima com a fruta. Não é à toa que somos os maiores produtores do país e, por isso, recebemos fruticultores de várias estados que vêm conhecer de perto nossa produção. Nossa fama é tão grande que uma das variedades da fruta, justamente a maior e mais doce, foi batizada de ‘Sabará’”, orgulha-se o secretário.

Ele reforça que o Festival é para todas as pessoas, de todas as idades e perfis.

“Quando pensamos na programação, tentamos contemplar todas as faixas etárias, numa ‘pegada’ que pretende ser muito democrática. Temos nos esforçado muito para melhorar o festival cada vez mais. Por isso, termos a casa cheia é uma recompensa para nós. Esperamos todos”.

Alugue um pé

Quem preferir pode alugar um pé da fruta por um determinado período. Quem tem mais de 12 anos, para R$ 50; de 6 a 11, R$ 25 e crianças, até 5 anos, não pagam. O aluguel dos pés da fruta nos quintais sabarenses é alternativa tradicional na cidade há mais de 30 anos: gera renda para a população e é uma 'ótima pedida’ para quem vive em cidade grande, nunca viveu a experiência e vive só trancafiado em apartamento.

Augusto Temponi de Almeida, de 13 anos, por exemplo, disse ter adorado a ‘aventura’. “Eu me senti muito integrado à natureza e achei muito divertido, ficar lá no alto da árvore, só me deliciando com as frutinhas. Foi incrível e inesquecível”, falou. Ele mora em São Paulo e veio para Minas com a família para curtir o Festival.

Se a pessoa quiser “limpar” o pé - apanhar todas as frutas e levar para casa - , é cobrada uma taxa de R$ 300.

Os produtores participantes fazem parte da Associação de Produtores e Derivados de Jabuticaba de Sabará (Asprodejas), que organiza o evento junto com a prefeitura municipal. Este ano, 30 barracas da fruta in natura e 26 estandes de derivados de jabuticaba (geleias, balas, licores, doces, tortas, pães, etc.) e artesanato, além de cerveja, integram o circuito.

No local, o público encontra receitas transmitidas de geração a geração, produtos com certificação de Indicação Geográfica (IG), na categoria Indicação de Procedência (IP), reconhecida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).

Serviço

37º Festival de Jabuticaba, Cultura e Gastronomia de Sabará - “Dos quintais sabarenses para o mundo”.

Data: até 19/11/2022 (até domingo)

Horários: sexta-feira, das 10h às 22h; sábado e domingo, das 9h às 22h

Local: Centro histórico de Sabará, próximo às praças Melo Vianna e Santa Rita

Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.



Apaixonado por rádio, sou um bom mineiro que gosta de uma boa conversa e de boas histórias. Além de acompanhar a movimentação do trânsito, atuo também na cobertura de vários assuntos na Itatiaia. Sou apresentador do programa ‘Chamada Geral’ na Itatiaia Ouro Preto.