Se você é produtor de queijos artesanais, vinhos, linguiças, azeites ou cachaça em Minas, vai gostar dessa novidade. O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) deverá disponibilizar, em breve, uma linha de crédito com juros adequados à realidade, direcionada a estabelecimentos de pequeno porte, as chamadas agroindústrias familiares. De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seapa), no primeiro momento, a linha será voltada apenas para as queijarias e alambiques e, na sequência, estendida a outras cadeias de pequeno porte.
O secretário estadual de agricultura e pecuária, Thales Fernandes, disse que a ideia é ajudar esses produtores a se regularizarem e saírem da informalidade. Só assim terão mais facilidade de escoamento e comercialização de seus produtos, (podendo entrar, por exemplo, em grandes redes de supermercados) com acesso a todos os benefícios oferecidos pelo estado e às políticas públicas disponíveis.
Thales chamou a atenção para o bom momento que vive o setor de cachaça que aumentou suas exportações e saltou do 5º para o 3º lugar no ranking nacional, perdendo apenas para os estados de Pernambuco e São Paulo, que comercializam cachaça industrial e não de alambique, como é o grosso da produção em Minas.
“O problema é que ainda há muita informalidade. Precisamos oferecer recursos para que essa turma registre seus alambiques. Nós, da Seapa, junto com o BDMG, queremos viabilizar isso”.
A reportagem da Itatiaia procurou a assessoria do BDMG para falar sobre o assunto, mas foi informada que o banco prefere ainda não se manifestar a respeito do tema.
Enquanto a linha específica para os pequenos não vem, o secretário orientou os produtores interessados em financiamentos a procurarem a Emater-MG ou ou o Sistema Faemg/Senar para que possam fazer seus projetos, cadastros de inscrição e obter orientações a respeito da melhor linha de crédito a ser pleiteada.