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Chuvas de granizo impactam plantações de café, feijão, hortaliças e frutas no estado

Emater recomenda cautela para os produtores rurais que tiveram propriedades atingidas

Plantação de milho completamente destruída na região de Varginha

As fortes chuvas de granizo que caíram no estado nos últimos dias, atingiram principalmente as regiões Sul, Zona da Mata e Centro-Oeste. Segundo a Emater, as culturas mais impactadas foram as de café, feijão, hortaliças e plantios de frutas (citrus, caqui, nectarina, pêssego, ameixa e abacate). O órgão publicou um alerta para agricultores hoje (5), recomendando “cautela” e pedindo que sejam evitadas “atitudes precipitadas”.

“As plantas podem apresentar lesões causadas pelas pedras e que são porta de entrada para doenças fúngicas e bacterianas. Recomendamos que procurem a assistência técnica da Emater para orientação da melhor forma de minimizar o problema. Não se precipitem fazendo podas ou usando produtos ‘milagrosos’”, alerta o coordenador técnico de Culturas da Emater-MG, Sérgio Brás Regina.

“Estamos providenciando uma força-tarefa para fazer o mapeamento da extensão do efeito dessa chuva de granizo. Assim como ocorreu nos momentos de geada e enchentes, vamos elaborar laudos gratuitos para os agricultores familiares atendidos pela Emater”, informou o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia.

“Estamos no meio do caos”

O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha, e presidente da Comissão Técnica de Café da Federação da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (FAEMG), Arnaldo Bottrel Reis, disse que choveu forte em seu município e também em São Gonçalo de Sapucaí, Monsenhor Paulo, Três Corações, Boa Esperança, Cambuquira, Campanha e Três Pontas.

“Não foi uma vez só. Nenhuma uma chuva só. Desceu muita água, com muito vento e muitas pedras de gelo. A coisa foi muito muito impressionante. Foi a maior tempestade de gelo que eu já vi na vida, aqui na região. Estamos no meio do caos, com muitas plantações devastadas. Ainda vamos levar um tempo para mensurarmos todos os prejuízos nas lavouras de café, em outras plantações e até na pecuária”.

Segundo Bottrel, os prejuízos só não foram maiores na cafeicultura porque a colheita praticamente já acabou. “Ainda tem um pouco sem colher, mas apenas aquele restante que as colhedeira mecânicas não conseguiram pegar. “Às vezes cai um pouco no chão e a gente faz a varrição desse café”, falou.

Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.