Dez pessoas estariam a bordo do avião que caiu com o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, nesta quarta-feira (23), segundo noticiou a imprensa russa. Seriam sete passageiros e três tripulantes.
A Agência Federal Russa de Transporte Aéreo confirmou sete nomes de pessoas que estavam na aeronave, citando a transportadora que operava o veículo:
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Yevgeny Prigozhin, chefe e fundador do Grupo Wagner;
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Dmitry Utkin, co-fundador do Grupo Wagner e tenente de confiança de Prigozhin;
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Valery Chekalov, assessor sênior de Prigozhin designado pelo Tesouro dos EUA por agir “para ou em nome de Prigozhin e ter facilitado o envio de munições para a Federação Russa”;
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Sergey Propustin;
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Evgeny Makaryan;
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Aleksandr Totmin;
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Nikolai Matuseev.
Segundo agências estatais russas, os 10 tripulantes morreram na queda. Apurações foram abertas pela Agência Federal de Transporte Aéreo e o Comitê Investigativo da Rússia.
Canal ligado ao Grupo Wagner diz que Prigozhin morreu
Um canal no Telegram ligado ao grupo militar privado Wagner emitiu um comunicado dizendo que Prigozhin morreu no acidente de avião ao norte de Moscou.
A CNN não conseguiu confirmar a afirmação. Outros canais associados a Prigozhin e Wagner, incluindo seu canal oficial no Telegram, não apresentaram manifestações até o momento..
Veja imagens do acidente de avião que tinha Prigozhin na lista de ocupantes
Quem é Yevgeny Prigozhin
Prigozhin fundou o Grupo Wagner para ser um grupo mercenário que luta tanto no leste da Ucrânia quanto em causas apoiadas pela Rússia em todo o mundo.
A CNN rastreou mercenários na República Centro-Africana, no Sudão, na Líbia, em Moçambique, na Ucrânia e na Síria. Ao longo dos anos, eles desenvolveram uma reputação particularmente horrível e foram associados a vários abusos dos direitos humanos.
Enquanto muitas tropas regulares russas tiveram contratempos no campo de batalha, os combatentes de Wagner pareciam ser os únicos capazes de fazer progressos tangíveis.
Conhecido por desconsiderar a vida de seus próprios soldados, acredita-se que as táticas brutais e muitas vezes ilegais do grupo Wagner resultaram em inúmeras baixas, já que novos recrutas são enviados para a batalha com pouco treinamento formal.
O processo é descrito pelo tenente-general reformado dos Estados Unidos Mark Hertling como “como alimentar carne para um moedor de carne”.
Prigozhin usou as redes sociais para fazer lobby pelo que deseja e muitas vezes rivalizou com a liderança militar da Rússia, apresentando-se como competente e implacável em contraste com o estabelecimento militar.
*publicado por Tiago Tortella, da CNN
