Os três casos de gripe aviária registrados no litoral do Espírito Santo “acendem um alerta”, mas não devem “afetar o rebanho de aves no Brasil.”
Esta é a avaliação do pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia da USP Thiago Bernardino de Carvalho.
À CNN Rádio, ele afirmou que o fato de serem aves migratórias, afastadas da região de produção industrial, “não há preocupação no momento por não afetar a grande produção.”
De acordo com o pesquisador, a gripe aviária é uma gripe viral transmitida entre aves com alto grau de contaminação, e pode afetar o ser humano, no vírus H5N1.
Thiago destacou, no entanto, que o consumo da carne não é afetado já que a doença só é transmitida de aves para humanos, não pela carne.
“A gripe não vai contaminar a carne ou o ovo, se perde produtividade, via ave, não carne ou ovo, a grande questão econômica é realmente esses impactos em termos de produção e doença de aves para humanos.”
O especialista reforçou que, dentre os principais fornecedores de frango no mundo, o Brasil “era o único que nunca tinha registrado casos.”
“Quando o ministério da Agricultura diz que vai protocolar mais diretrizes, significa intensificar o discurso de proteção e fiscalização em aeroportos e portos.”
Ele lembra que casos de gripe aviária aparecem com frequência na Ásia, Europa e em locais da América.
“Isso preocupa porque é uma carne mundialmente barata, e por isso o Brasil deve fazer monitoramento e controle da doença”, completou.
*Com produção de Isabel Campos