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Réus da morte de Caio Domingues vão a júri popular nesta quarta-feira em Timóteo

Acusados estão presos preventivamente. Julgamento começa às 9h

Os dois acusados pelo assassinato de Caio Campos Domingues, morto aos 38 anos em abril de 2023, enfrentam nesta quarta-feira (6) o Tribunal do Júri Popular da Comarca de Timóteo. A sessão é marcada para as 9h no salão do Júri do Fórum Geraldo Perlingeiro de Abreu. Sentam-se no banco dos réus a esposa da vítima, Luith Silva Pires Martins, de 41 anos, apontada pelo Ministério Público como mentora do crime, e João Victor Bruno Coura de Oliveira, de 23 anos, acusado de ser o executor.

Segundo a denúncia, Luith teria contratado João Victor para simular um roubo e matar o marido a tiros, em troca de pagamento. Os dois permanecem presos preventivamente e foram detidos cerca de 12 horas após o crime. Luith chegou a ser solta por decisão judicial, mas, após recurso do Ministério Público, voltou para a prisão, onde segue até hoje.

Caio Domingues, morto a tiros em Jaguaraçu

A juíza Marina Souza Lopes Ventura Aricodemes, responsável por presidir o julgamento, determinou regras de acesso ao plenário. A entrada será exclusivamente pela portaria principal do Fórum, na avenida Monsenhor Rafael, mediante apresentação de documento oficial com foto e revista por detector de metais. Foram reservados 15 lugares para familiares da vítima, 15 para familiares de cada réu, 15 para representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e 10 para a imprensa.

O Ministério Público será representado pelos promotores Frederico Duarte Castro e Jonas Junio Linhares Costa Monteiro. Na acusação, também atuam como assistentes os advogados Ignácio Luiz Gomes de Barros Junior e Renato Schwartz. A defesa de Luith é formada pelos advogados Lorena Iara Vidal Santos, Larissa Alves de Oliveira e Heraldo Maria de Oliveira. Já João Victor é defendido por Flaviano Dueli de Souza.

Os réus foram pronunciados em 8 de março de 2024, quando a Justiça determinou que ambos fossem levados a julgamento pelo Conselho de Sentença. Eles respondem por homicídio qualificado, com duas qualificadoras: promessa de pagamento ou recompensa e recurso que dificultou a defesa da vítima. Inicialmente, a qualificadora de promessa de pagamento havia sido retirada pelo juiz, mas foi restabelecida após recurso do Ministério Público. Se condenados com base nas qualificadoras, podem receber penas que ultrapassem 30 anos de prisão cada.

O crime ocorreu em 4 de abril de 2023, em uma estrada rural no distrito de Lavrinha, município de Jaguaraçu. Caio foi morto a tiros em uma emboscada armada a poucos metros de casa, quando deixava a chácara onde morava com a esposa e dois filhos pequenos.

O casal estava junto havia 12 anos. Após o crime, os filhos passaram a viver sob a guarda dos avós paternos.

Apresentador do programa Itatiaia Patrulha - Vale do Aço, que vai ao ar todos os dias na rádio Itatiaia Vale do Aço - 102,3 FM. Programa com notícias da área de segurança pública da região do Vale do Aço, além dos principais fatos policiais de Minas Gerais.