A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (24/10) em entrevista coletiva concedida à imprensa regional na sede do 12º Departamento em Ipatinga, no bairro Carirú, a conclusão dos inquéritos policiais relacionados à Gissele Oliveira, de 40 anos, que está sendo chamada de “mãe assassina”, presa por suspeita de matar envenenados cinco dos sete filhos biológicos.
Gissele foi presa no dia 5 de maio na cidade de Coimbra, em Portugal, após ser inserida na lista vermelha da Interpol e agora foi extraditada para o Brasil, chegando ontem à Belo Horizonte, onde foi levada para a penitenciária feminina Estevam Pinto, na Zona Leste da capital, como já informou a Itatiaia, onde aguarda julgamento.
Na entrevista coletiva, a delegada Valdimara Teixeira de Paula Fernandes, responsável pelo caso, destacou que foram cinco inquéritos no total relacionados aos casos, com quatro pessoa indiciadas. Um inquérito relacionado aos homicídios consumados, outro por homicídios tentados e os demais inquéritos contra a dignidade sexual de casos de estupro envolvendo familiares da Gissele, sendo que em um deles ela foi indiciada como coautora.
A delegada Valdimara Teixeira explicou também sobre as substâncias encontradas nos casos de envenenamento das crianças. No primeiro caso foi encontrado cloridrato de benzina na mamadeira, em caso que, na época foi considerado um acidente, assumido por outro filho da indiciada.
Já no segundo caso de morte de uma das crianças, no ano de 2010, a substância Clonazepan também foi encontrada no corpo. No caso registrado em 2023, que iniciou o processo de investigação encerrado agora, foi apontada a presença do metabólico Clonazepan.
Sobre os casos de abusos sexuais, em relação há 03 menores, de cinco, 07 e 09 anos, na época dos fatos, ela foi considerada, segundo a conclusão do inquérito policial como conivente com abusos cometidos, sendo omissa na tomada de providências. Já em outro caso de abuso sexual contra uma criança de 10 anos, ela foi apontada como coautora, tendo participativa.
A conclusão do inquérito apontou o indiciamento de quatro pessoas: a mulher extraditada Gissele, dois ex-companheiros e sua mãe. Dois estão presos preventivamente, sendo Gissele e um ex-companheiro. Dois indiciados permanecem em liberdade, sendo a mãe e outro ex-companheiro que responderão em liberdade enquanto aguardam decisões judiciais.
Segundo a Delegada Valdimara Teixeira, no caso de condenação pela justiça, a pena para a principal investigada Gissele Oliveira, considerado todos os crimes pelos quais vai responder, pode ultrapassar 150 anos de prisão.