Miss era uma das mulheres mais bonitas da TV portuguesa. Hoje lamenta a falta de oportunidades

Conquistou o país inteiro, não só pela beleza mas também pelo talento

Helena Laureano

Helena Laureano destacou-se no final dos anos 1980 e durante a década de 1990 como uma das mulheres mais bonitas e influentes da televisão e dos concursos de beleza em Portugal. Em 1988, participou no Miss Portugal, conquistando os títulos de Dama de Honra, Miss Fotogenia e Miss Simpatia, e representou o país no Miss World, onde foi distinguida como “Miss Personalidade”.

Impulsionada pela notoriedade alcançada no mundo da moda e da beleza, Helena decidiu apostar na carreira de atriz. Estreou-se na televisão em 1989, na série Caixa Alta, da RTP, interpretando a protagonista Francisca. Ao longo da sua trajetória, integrou várias novelas e séries marcantes — muitas delas na TVI — como Ilha dos Amores, Fascínios, Flor do Mar e Mar de Paixão.

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Helena Laureano deixou também a sua marca no teatro e no cinema, participando em diversos projetos que evidenciaram a sua versatilidade e um percurso artístico amplo e multifacetado.

No auge da carreira, era considerada uma das mulheres mais bonitas da televisão portuguesa: o seu rosto, a elegância e o carisma entraram para o imaginário de toda uma geração de telespectadores. Com o passar dos anos, porém, surgiram desafios — tanto pessoais quanto profissionais — que condicionaram o ritmo do seu trabalho e reduziram a sua presença na mídia.

Em entrevistas recentes, Helena admitiu sentir falta de oportunidades na área da representação. A escassez de papéis, o aumento da competitividade no meio artístico e a diminuição da sua visibilidade tornaram-se obstáculos difíceis de contornar. Em declarações ao programa de Goucha, há alguns anos, revelou que a vontade de voltar a atuar se aliava à necessidade de trabalhar por razões financeiras.

Helena Laureano atualmente

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A atriz abriu ainda o coração sobre um período particularmente doloroso da sua vida: tornou pública a experiência de ter sido vítima de violência doméstica numa relação passada, situação que a conduziu a fases de depressão e afastamento. Apesar de tudo, mantém vivo o desejo de regressar ao ecrã e aos palcos, bem como o amor profundo pela arte. Em 2019, voltou temporariamente ao teatro na sua terra natal, Sesimbra, reforçando a ligação afetiva às suas origens.

Hoje, mesmo longe dos grandes holofotes televisivos, Helena Laureano continua a ser lembrada com carinho pelo público que acompanhou o seu percurso — uma artista que viveu momentos de grande notoriedade, enfrentou dificuldades e soube reinventar-se, refletindo bem as curvas inesperadas de uma carreira artística pouco linear.

Pablo Paixão é estudante de jornalismo na UFMG e estagiário de jornalismo da Itatiaia

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