Uso de atestados médicos gera desconfiança e impacto operacional em empresas

Em Varginha, Presidente da Abrasel e ACIV manifestou preocupação ao prefeito sobre o uso indiscriminado de atestados, que afeta a produtividade e sobrecarrega unidades de saúde.

Uma pesquisa da Abrasel mostra que mais de 80% dos estabelecimentos já desconfiaram da procedência de atestados.

O volume de atestados médicos entregues por funcionários está gerando preocupação e impacto operacional nos setores de bares e restaurantes, além de causar desconfiança entre os empresários.

Uma pesquisa recente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) aponta que 29% dos estabelecimentos recebem ao menos um ou dois atestados por semana. Embora a maioria dos afastamentos (63%) seja de curta duração, de até dois dias, o volume constante compromete a rotina dos negócios.

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O levantamento revela que 82% dos empresários afirmam já ter desconfiado da procedência de atestados em algum momento. 94% relataram que a entrega recorrente compromete diretamente a operação, seja pela sobrecarga das equipes ou pela dificuldade de remanejamento.

Preocupação em Varginha

Em Varginha, André Yuki, presidente da Abrasel no Sul de Minas, SEHAV e ACIV, reforçou sua preocupação com o prefeito Leonardo Ciacci sobre o uso indiscriminado de atestados para justificar ausências.

Yuki destacou que a prática compromete a produtividade e tem lotado as unidades de saúde, dificultando o atendimento de quem realmente precisa. Ele citou exemplos de cidades como Passos e Chapecó (SC) que modernizaram a emissão de atestados por meio de legislação específica.

O presidente da Abrasel afirmou que o prefeito Ciacci se comprometeu a analisar a proposta junto ao vice-prefeito e secretário municipal de Saúde interino, Antônio Silva, e à diretora da UPA, Pâmela Pereira Cândido.

Segundo Yuki, a preocupação é ampla, afetando também os setores do varejo e da indústria local. “Acreditamos que essa mudança trará benefícios tanto para os profissionais de saúde quanto para toda a comunidade”, enfatizou.

Para lidar com a suspeita de irregularidade, 59% dos empresários verificam o registro do profissional no CRM. Quando há comprovação, 43% informam recorrer à demissão por justa causa, e 27% aplicam advertências por escrito.

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