No segundo capítulo da série sobre assimetrias cranianas em bebês, o destaque é a importância da ação rápida, de pais, pediatras e outros profissionais médicos. Isso porque essa condição é normalmente desenvolvida nos primeiros meses de vida, como explica a pediatra Bruna Fabri.
“O bebê, geralmente, desenvolve assimetria posicional fora do útero. Mas ele pode nascer já com uma simetria craniana posicional, caso tenha ficado muito tempo na mesma posição na barriga da mamãe. Os mais comuns são aqueles que nascem com algum tipo de tensão muscular, principalmente, torcicolo congênita. O bebê não consegue rodar a cabeça”, disse.
A pediatra Nara Faria reforça que quanto mais cedo o diagnóstico correto é feito, maior a chance de sucesso no tratamento. “A identificação precoce da assimetria craniana faz total diferença na evolução dessa condição. Assim, avaliamos se o próprio pediatra consegue dar orientação ou se será necessária uma fisioterapia motora para os que têm maior complicação”, disse.
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Mas e quando os pais identificam cedo, procuram ajuda profissional e escutam que não há nada de mais? A Rafaela Assis, empresária, 21 anos, é mãe do pequeno Noah de 8 meses, mas já com 2 meses de vida ela e o marido perceberam algo diferente.
“Percebemos a assimetria craniana por volta dos dois meses. Isso poque a gente percebia uma certa resistência dele quando a gente movia a cabeça, uma preferência de peito na hora de mamar... Isso foi uma trajetória de diversos profissionais e, como mãe, o meu coração foi ficando mais apertado e buscando informação. A maioria dos profissionais falava sempre: ‘Ah mãe pode ficar tranquila, vai passar é logo! Seu filho estará com a cabeça normal’. É só questão de tempo. Enfim, o que não era uma verdade”, lembrou.
Situação muito parecida com a qual passou a jornalista Júlia Neves, mãe do pequeno Gugu, na época com 4 meses. “Depois que a pediatra do meu filho falou que tava tudo normal, que aquela cabecinha ia voltar, eu não fiquei contente. Alguma coisa dentro de mim dizia que aquilo estava muito errado. Busquei marcar consulta com os melhores neuropediatras de Belo Horizonte. Eu ouvia que isso era coisa da minha cabeça. Eu ouvi de todos eles com todas as letras que era para eu ficar tranquila”, contou.
Essa demora em encontrar a orientação correta e o diagnóstico certeiro fez com que nos dois casos - do Noah e do Gugu, filho da jornalista Júlia Neves -reposicionamento e fisioterapia não fossem mais suficientes, sendo indicado então o tratamento com a órtese craniana, aqueles capacetinhos. Esse será o tema do próximo episódio.
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A Rafaela Assis, empresária, 21 anos, é mãe do pequeno Noah de 8 meses, mas já com 2 meses de vida ela e o marido perceberam algo diferente
“Percebemos que o no estava com assimetria craniana por volta ali dos dois meses. Eh, a gente percebia uma certa resistência dele quando a gente movia a cabeça preferência de peito na hora queima mamar, enfim isso só estava apontando para um torcicolo congénito e isso foi uma trajetória deTraz de diversos profissionais e como mãe o meu coração cada vez mais foi ficando mais apertado e eu sempre buscando informação e e a maioria dos profissionais falando sempre”, contou.
Situação muito parecida com a qual passou a jornalista Júlia Neves, mãe do pequeno Gugu, na época com 4 meses