Tarcísio e Nunes recorrem a Lula para solucionar falta de energia em São Paulo

Na última sexta-feira (12), o governador e o prefeito da capital paulista pediram ajuda para lidar com os problemas de abastecimento de energia da empresa privada Enel

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o presidente Lula (PT).

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), recorreram ao presidente Lula (PT) para tentar resolver os problemas de abastecimento de energia causados pela Enel, empresa responsável pelo setor no território paulista.

O pedido do prefeito e do governador foi feito durante o lançamento do SBT News, na noite da última sexta-feira (12), em São Paulo. Durante uma rápida conversa, Lula prometeu discutir o assunto com a pasta responsável do governo federal, mas, antes, em tom de brincadeira, disse que o culpado pelo apagão era o governador Tarcísio.

Nunes reforçou a demanda ao dar uma declaração no palco, quando disse esperar que os problemas de falta de energia sejam resolvidos até a próxima segunda-feira (15). “Meu presidente [Lula], você precisa nos ajudar nisso. Não está fácil”, afirmou o prefeito.

Na primeira fila, Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o governador sorriram em resposta. A primeira-dama, Janja Lula da Silva, no entanto, permaneceu séria.

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Nesta semana, São Paulo enfrentou fortes chuvas causadas por um ciclone extratropical, que deixou grande parte da região metropolitana da capital paulista sem energia elétrica entre quarta-feira (10) e sexta-feira. A falta de luz afetou serviços básicos das cidades, como, por exemplo, o transporte público.

A Defesa Civil de São Paulo emitiu um aviso de temporal, válido para todo o estado, neste sábado (13), domingo (14) e segunda-feira (15). O alerta indica risco de chuva forte e ventos intensos.

O órgão prevê rajadas de vento, raios, volumes elevados de chuva e até granizo em pontos isolados. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) alerta ainda para a possibilidade de alagamentos e deslizamentos de terra.

Justiça aciona Enel

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) deu um prazo de até 12 horas para que a empresa restabeleça a energia elétrica para todos os clientes da área de concessão no território paulista.

Caso não cumpra a determinação, a Enel será multada em até R$ 200 mil por hora.

A antecessora da Enel, a Eletropaulo, foi fundada em 1981 e privatizada em 1999, quando o então governador Mário Covas (PSDB) incluiu a empresa no Programa Estadual de Desestatização (PED). Na privatização, a empresa foi dividida em quatro partes: Eletropaulo Metropolitana, Empresa Bandeirante de Energia (EDP Bandeirante), Empresa Paulista de Transmissão de Energia e Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE).

A Eletropaulo Metropolitana, responsável pela Grande São Paulo, foi comprada por um consórcio liderado pela AES Corporation. Após a compra, pela AES, das ações de outras empresas do consórcio em 2001, a companhia passou a se chamar AES Eletropaulo até 2018, quando a atual concessionária, Enel Distribuição São Paulo, entrou em operação.

A AES Eletropaulo foi adquirida pelo Grupo Enel, multinacional italiana do setor elétrico. Em junho de 2018, a Enel comprou 73,38% das ações da Eletropaulo por R$ 5,55 bilhões, durante o governo de Márcio França (PSB).

Graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já foi produtora de programas da grade e repórter da Central de Trânsito Itatiaia Emive.

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