O ministro-chefe da Secretaria das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira (22) que o governo do presidente Lula vai analisar cada ponto do Orçamento de 2024, que foi aprovado pelo Congresso Nacional. Ao ser questionado, no Palácio do Planalto, sobre a destinação de R$4,9 bilhões para o Fundo Eleitoral em 2024, prevista no orçamento, Padilha defendeu o financiamento público de campanha e disse que a proposta foi construída pelos partidos. “O governo encaminhou a proposta de R$900 milhões. No diálogo, dentro do Congresso Nacional, os partidos construíram essa proposta por considerar que ela é mais adequada para garantir o financiamento público. Eu sou um defensor do financiamento público eleitoral, foi muito importante ter acabado com o financiamento privado nas eleições. Acho que isso contribui para o fortalecimento da democracia. Não só esse ponto, mas nós vamos analisar ponto a ponto do orçamento”, afirmou.
O ministro disse que o presidente Lula terminou o primeiro ano de mandato de forma vitoriosa. Padilha destacou que o governo teve a maior taxa de aprovação de projetos de lei, num primeiro ano de mandato, na história da redemocratização. “Estamos terminando com 37% de projetos de lei, encaminhados por este governo, aprovados no primeiro ano. Esta é a maior taxa de aprovação da história de um governo. Para se ter uma ideia, Bolsonaro, em seu primeiro ano, aprovou apenas 6% de seus projetos”, destacou.
Padilha enfatizou ainda que, das 48 Medidas Provisórias editadas pelo presidente da República, apenas duas - de caráter administrativo - não foram aprovadas. O ministro afirmou que Lula está retomando o presidencialismo de coalização. “É um presidencialismo de coalizão porque foi o governo federal que pautou a agenda política. Estamos recriando o presidencialismo de coalizão no país, saindo do presidencialismo de delegação, que foi feito pelo governo anterior”, disparou Padilha contra Bolsonaro. “Foi apresentada uma agenda política ao país e ela foi aprovada integralmente, com diálogo e negociação, como se faz em uma democracia. Nós desmontamos a máquina de criação de conflitos que tinha no governo anterior”, concluiu.