O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta sexta-feira (20) que irá à Venezuela para negociar com o governo de Nicolás Maduro a compra de energia para reforçar o fornecimento ao estado de Roraima, o único que ainda não está conectado ao Sistema Interligado Nacional, que abastece 26 unidades da federação. O discurso foi feito após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada.
Alexandre Silveira vai desembarcar na Venezuela, na próxima segunda-feira (23), acompanhado de técnicos do ministério de Minas e Energia e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para negociar a compra de energia da Usina de Guri, que abastecia Roraima até 2019, mas o negócio foi encerrado no primeiro ano de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Nós vamos vistoriar toda linha de transmissão, que está dentro da Venezuela, que liga a Usina de Guri até a linha de transmissão dentro do Brasil ligando até Roraima. Nós vamos nos certificar da capacidade de geração, que está documentalmente comprovada, mas os técnicos do ministério e da ONS querem fazer in loco”, destacou Silveira durante coletiva de imprensa na saída do Palácio da Alvorada.
O ministro de Minas e Energia destacou que a compra de energia de Roraima pode gerar economia de até R$ 120 milhões aos cofres públicos. “Queremos voltar com boas novas, já com datas marcadas”, destacou. Silveira estima que, se o negócio for concretizado durante sua viagem, a energia da Venezuela deve começar a chegar em Roraima em até 30 dias. Alexandre Silveira afirmou ainda que a previsão do governo é a de que Roraima esteja conectado ao Sistema Interligado Nacional, em até um ano, com a conclusão das obras do Linhão de Tucuruí.
Durante coletiva de imprensa, Alexandre Silveira afirmou que o nível dos reservatórios do país está alto, o que afasta o risco de falta de energia na Região Norte, mesmo com o período de estiagem. “Nós temos, hoje, segurança energética garantida. O Brasil teve um momento de muita benevolência hídrica no princípio deste ano. Os nossos reservatórios estão cheios. Na região Norte, o fornecimento de energia e de combustível está garantido”, concluiu.