O levantamento do perfil dos estudantes que ingressaram na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) no primeiro semestre de 2025 mostra mudanças no quadro de diversidade da instituição. Os dados apontam que 52,9% das vagas foram ocupadas por pessoas pretas ou pardas.
A política de cotas na universidade antecede a legislação nacional. Desde 2008, a UFOP já reservava 30% das vagas de graduação para estudantes oriundos de escolas públicas. Em 2012, com a promulgação da Lei nº 12.711, o sistema foi ampliado em todo o país. Atualmente, a legislação assegura reserva de vagas também para candidatos pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência.
Com a reformulação da Lei de Cotas, em novembro de 2023, houve alteração na forma de distribuição das vagas. No primeiro semestre de 2025, 28 estudantes declararam possuir deficiência, dez a mais que no segundo semestre de 2023, quando 18 ingressaram nessa condição. Do total de candidatos, 20 foram admitidos por meio da reserva específica.
O perfil dos ingressantes mostra ainda que a maioria dos estudantes se encontra na faixa etária de 18 a 24 anos, representando 87,48% do total. Entre 25 e 40 anos, foram registrados 119 estudantes, enquanto 26 ingressaram com idade superior a 40 anos. Apenas oito ingressantes têm menos de 18 anos.
Quanto ao recorte de gênero, 53,39% dos estudantes se identificaram como do sexo feminino e 46,61% como do sexo masculino.
Na declaração de cor de pele, 562 estudantes se identificaram como brancos, 453 como pardos, 194 como pretos, 13 como amarelos e 1 como indígena.
Os números confirmam a consolidação da política de cotas como instrumento de acesso ao ensino superior em Ouro Preto e refletem o impacto das ações afirmativas no perfil dos novos alunos da universidade.